MDB deve seguir posição de Daniel Vilela e deixar disputa pela presidência da Câmara, mas irá pedir espaços na mesa diretora
21 novembro 2024 às 11h46
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O MDB metropolitano de Goiânia vai se reunir nesta sexta-feira, 22, à tarde para definir a posição do partido em relação à disputa pela mesa diretora da Câmara Municipal. O presidente do diretório metropolitano, Agenor Mariano, tem insistido que a legenda, por ser a maior bancada do Legislativo, deve lançar candidato próprio, mas isso não deve se consolidar, após declarações recentes do presidente estadual e vice-governador, Daniel Vilela.
Interlocutores do MDB e próximos a Vilela afirmam que seria incoerente o MDB manter uma postura de oposição e criar um racha. O que deve ser deliberado entre o partido é a construção de consenso em torno do que o prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), decidir.
Mariano disse ao Jornal Opção que na reunião os vereadores vão deliberar sobre esse assunto e que o que for decidido todos os oito parlamentares devem acompanhar. “O que a maioria decidir todos os vereadores têm que cumprir. O Sandro (Mabel) tem que deixar claro quem é o candidato dele, porque se ele disser que não vai interferir é porque ele não tem candidato”, afirmou.
Em declaração recente, Vilela disse que o partido não vai ser um problema para a governabilidade do prefeito eleito Sandro Mabel e também para a composição do MDB na Câmara. O vereador reeleito pelo MDB, Igor Franco, disse que a decisão da legenda é acompanhar a decisão do presidente estadual. “Nós temos que ser uma solução para ajudar na governabilidade do Sandro (Mabel)”, afirmou.
Já o vereador Sargento Novandir, também concordou que a reunião do partido é para pacificar o assunto e construir unidade entre dirigentes partidários e os vereadores, ao mesmo tempo ele afirmou que o MDB deve reivindicar espaços relevantes na mesa diretora e também nas comissões. “O MDB tem a maior bancada e nós precisamos caminhar juntos, mas temos uma importância, então vamos buscar espaço na mesa diretora”, afirmou.
Já o vereador eleito, Bruno Diniz, também afirmou que a decisão vai na linha do que quer o vice-governador. “Internamente já é algo pacificado. Na minha análise o MDB tem a maior bancada e é natural que a gente postule posições relevantes na mesa diretora, mas isso tudo será conversado com bastante calma”, afirmou.
Os espaços mais cobiçados da Câmara devem ser a primeira vice-presidente da Casa, a primeira secretaria, a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a presidência da Comissão de Finanças e Orçamento e a presidência da Comissão Mista.
Toda a celeuma criada em torno da vontade de lideranças do MDB em ter um candidato próprio deixou Policarpo e seu grupo político em alerta. Ele é o principal aliado de Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa. O receio de algumas lideranças é que a decisão do MDB poderia gerar algum estremecimento com Daniel Vilela.
Policarpo já tem a maioria dos votos para ser reeleito para o quarto mandato consecutivo, mas o objetivo mais importante agora é mostrar força política sendo candidato único e eleito por unanimidade para a condução da Câmara de Goiânia.
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