A Polícia Civil de Goiás, em conjunto com a Vigilância Sanitária, interditou nesta quarta-feira, 16, a maternidade Hospital Dom Bosco, localizada no setor Marechal Rondon, em Goiânia. A unidade de saúde já estava impedida de realizar cirurgias desde abril deste ano, após a identificação de irregularidades sanitárias, especialmente no controle de infecções hospitalares.

Em entrevista ao Jornal Opção, o auditor fiscal de saúde pública da Vigilância Sanitária municipal, Dagoberto Costa, considerou que a maternidade em questão já havia sido interditada em abril deste ano, como já dito. A decisão, após a primeira intervenção, era que a unidade de saúde deveria concluir os atendimentos dos paciencientes internados. Porém, a vigilância continuou recebendo denúncias de que o hospital estaria continuando com seus atendimentos. Por conta disso, a Polícia Civil foi acionada para investigação, que constatou a ineficiência do local em operar.

De um tempo pra cá, a gente começou a receber novas denúncias de que ele [hospital] continuava em funcionamento. Então, como a penalidade máxima imposta administrativamente pela vigilância é a interdição, a gente acionou então a delegacia do consumidor, que em investigação realmente constatou que ele tava funcionando. Ontem culminou com a ação em conjunto na vigilância com a delegacia do consumidor, onde ele foi novamente interditado e novamente autuado agora pelo fato de ter descumprido uma ordem de interdição. 

Dagoberto Costa, auditor fiscal Vigilância Sanitária municipal

A interdição faz parte de uma operação conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), que investiga os responsáveis pelo hospital por possíveis crimes contra as relações de consumo. A decisão de interditar o estabelecimento foi tomada devido à gravidade das infrações constatadas e à falta de correção das falhas apontadas anteriormente pelas autoridades de saúde.

Segundo a Polícia Civil, as condições insatisfatórias colocavam em risco a saúde dos pacientes, o que motivou a ação imediata. A Vigilância Sanitária acompanhou a operação e assegurou que o estabelecimento não poderia continuar funcionando nessas condições.

O caso segue sob investigação, e os responsáveis pela maternidade podem enfrentar consequências legais em decorrência das infrações cometidas. Até o momento, não foram divulgadas mais informações sobre os próximos passos ou possíveis retomadas das atividades da unidade.

O Jornal Opção entrou em contato com o secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, que encaminhou a equipe para à assessoria de imprensa.

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