Análises da ex-senadora pelo Acre foram feitas na capital goiana, momentos antes da convenção que homologou Vanderlan Cardoso na disputa pelo Estado

Pré-candidata a vice de Campos, Marina descartou qualquer pacto político com o DEM. Foto: Marcello Dantas/Jornal Opção Online
Pré-candidata a vice de Campos, Marina descartou qualquer pacto político com o DEM. Foto: Marcello Dantas/Jornal Opção Online

A pré-candidata a vice-presidência da República de Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva (PSB-Rede Sustentabilidade), disse durante entrevista à imprensa na tarde de sábado (14/4) que continua não aceitando qualquer tipo de aliança com o Democratas em Goiás, dirigido no Estado pelo deputado federal Ronaldo Caiado.

A ex-ministra respondeu a questionamentos de jornalistas momentos antes do início da convenção que homologou o ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PSB) ao governo goiano. Para ela, as coligações só devem ser feitas com aqueles que são compatíveis com o programa que defende em seu governo.

“Nós já temos definido o nosso leque de aliança, que é o da defesa do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, da agricultura que respeita as nascentes e margens de rios e usa tecnologia e inovação para produzir mais”, analisou a acreana.

Marina complementou que as metas ainda estão voltadas para a defesa dos recursos naturais, da segurança pública, saúde, educação e infraestrutura. Este último ponto foi o que considerou fundamental no âmbito econômico, pois necessita de atenção para melhorar o escoamento da produção nacional. “Não é um projeto que se une em torno de tempo de televisão e de estrutura [financeira], mas sim em detrimento de ideias e de compromissos para melhorar a vida dos brasileiros.”
[relacionadas artigos=”6831,7200,7205″]

Problemas entre PSB e Rede

Sobre as diferenças enfrentadas entre PSB e Rede Sustentabilidade, principalmente em São Paulo, Marina relatou que ela e Campos estão fazendo debates pelo país para contornar os problemas. A ex-ministra contabilizou que em 14 Estados as alianças entre as siglas estão fechadas.

“Onde não é possível caminharmos juntos, a Rede tem sua independência, assim como o PSB. Nesse momento, estamos focados no que nos uniu, que foi o programa [de governo]”, justificou. Marina emendou sua avaliação destacando que é preciso convencer os que não assimilaram que a campanha dela e de Campos não forma o que chamou de velhas estruturas.

A Rede não conseguiu ser formalizada como partido político na Justiça Eleitoral pela falta de assinaturas o suficiente.

Ofensas a Dilma

Marina ainda comentou as ofensas e xingamentos dirigidos a presidente Dilma Rousseff (PT) durante a abertura da Copa do Mundo na última quinta-feira (12). A pré-candidata contou que a honra de pessoas ou instituições não devem ser feridas em manifestações. “Insatisfação não é motivo de desrespeito”, arrematou.