A ex-senadora afirmou que a Rede vem buscando uma alternativa que não envolva o PT e o PSDB no poder

Foto: Pedro Ladeira/ AFP
Foto: Pedro Ladeira/ AFP

A pré-candidata à vice-presidência Marina Silva (PSB), que integra chapa encabeçada pelo pré-candidato à presidência Eduardo Campos (PSB), divulgou neste sábado (7/6) uma nota criticando a decisão do partido em apoiar a reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Na última sexta-feira (6/6) o diretório estadual do PSB de São Paulo em reunião aprovou por unanimidade o apoio ao PSDB no Estado. “A Rede Sustentabilidade não seguirá essa indicação”, disse em nota.

A ex-senadora se filiou ao PSB após não conseguir registrar a Rede Sustentabilidade, por onde pretendia lançar candidatura própria à presidência. Marina Silva afirmou que a Rede vem buscando uma alternativa que não envolva o PT e o PSDB no poder e ainda diz que pretende chegar a uma nova forma de fazer política que represente os ideais de democracia e sustentabilidade que pregam.

Veja na íntegra a nota da ex-senadora:

Juntamente com todos os integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político do PSDB. Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual.

A Rede Sustentabilidade não seguirá essa indicação. Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de nossa Aliança.

Esperamos que os companheiros do PSB, em sua convenção estadual, não levem adiante essa proposta. Nesse sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo.

A nova força política que emerge no Brasil, interpretando o desejo de mudança tantas vezes manifestado por milhões de pessoas, encontrará também em São Paulo sua legítima expressão.

Marina Silva