Marido de mulher morta durante procedimento estético acredita que ela possa ter sido vítima de negligência médica
09 maio 2014 às 17h35
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Railma foi a uma clínica em Taguatinga Sul para fazer abdominoplastia e lipoaspiração, além de trocar o silicone, no entanto, complicações durante os procedimentos supostamente ocasionaram sua morte, por falência dos rins
A família da bancária Railma Rodrigues Soares de Siqueira, de 32 anos, morta durante um procedimento estético, acredita que ela possa ter sido vítima de negligência médica. Railma foi a uma clínica em Taguatinga Sul para fazer abdominoplastia e lipoaspiração, além de trocar o silicone, no entanto, complicações durante os procedimentos supostamente ocasionaram sua morte, por falência dos rins.
A bancária havia sido submetida a um exame pré-operatório em que não foi constatado nenhum problema para a realização da cirurgia. Porém, no dia seguinte ao procedimento, realizado em 26 de abril, seu marido, Cleydson de Siqueira, notou que ela estava pálida e com dificuldades de fala e locomoção. Ao externar sua preocupação ao médico responsável, ouviu que o estado de saúde da paciente era normal.
Mesmo assim, o médico teria pedido a Cleydson que ele fosse ao hospital mais próximo e levasse um tubo com o sangue de Railma para a realização de um exame de sangue. A medida teria como finalidade possibilitar uma transfusão sanguínea, que foi realizada, ocasionando melhora no quadro da mulher.
No entanto, três dias depois da cirurgia, ela foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No hospital, Cleydson foi informado que os rins de Railma não funcionavam desde o dia seguinte à cirurgia. Ela estava sofrendo uma hemorragia interna e o caso era gravíssimo. Segundo o marido da vítima, os exames revelaram uma perfuração no pulmão esquerdo da bancária.
A morte cerebral foi confirmada na terça-feira (6/5). O boletim médico atestou que o dia e horário da morte mostrando que ela sofreu insuficiência renal aguda e hepática. Uma ocorrência sobre o caso foi registrada na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que vai apurar o caso.
A clínica Lazzarini, responsável pelo procedimento, afirmou que não vai se pronunciar até que seja emitido o laudo com as causas da morte da paciente.