O empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena Lima, do MDB de Roraima, foi preso pela Polícia Federal (PF) enquanto tentava esconder R$ 500 mil dentro da cueca. O valor seria usado para comprar votos, conforme a PF.

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Além do dono da Voare Táxi Aéreo, a corporação prendeu outras cinco pessoas, sendo dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O grupo é investigado por crimes eleitorais e associação criminosa.

Segundo a PF, os policiais militares, que estavam de folga, realizavam a segurança particular dos envolvidos e dos bens. As prisões ocorreram na última segunda-feira, 9, em Boa Vista (RR), após a corporação receber informações pelo disque-denúncia. Materiais de campanha e documentos que confirmavam o destino do dinheiro apreendido também foram encontrados em posse dos investigados.

Contrato milionário 

O faturamento da Voare, empresa de Renildo Lima e de sua filha Eduarda Lima, decolou desde que Helena Lima se tornou deputada federal, no ano passado. Naquele ano, a companhia assinou R$ 53,3 milhões em contratos com o governo federal, até então o segundo maior valor em 14 anos.

Em 2024, a empresa bateu seu recorde, com os R$ 211,5 milhões assinados com o Ministério da Saúde para assistência de saúde aos povos indígenas Yanomami por dois anos.

Helena Lima disputou sua primeira eleição em 2022. Usou o nome de urna “Helena da Asatur”, em referência a um braço da Voare. Além de ter fundado a Voare, a deputada trabalhou na empresa de 2001 a 2022, quando se elegeu.