Marconi e representantes de cinco estados exigem mais investimentos no setor sucroenergético
05 março 2015 às 23h01

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Perillo, Beto Richa, Geraldo Alckmin, Reinaldo Azambuja, Pedro Taques e Renan Filho assinaram carta que será encaminhada à presidente com pedidos do setor

O governador Marconi Perillo (PSDB) recebeu em Goiânia os governadores do Paraná, Beto Richa (PSDB); de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB); e o do Mato Grosso, Pedro Taques (PDT). Os cinco representantes dos estados discutiram a atual situação do setor sucroenergético no país.
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Segundo Marconi, a crise que o Brasil enfrenta faz com que as deliberações sobre o assunto sejam urgentes. Ele afirmou ainda que a União reduziu drasticamente as políticas de incentivo ao setor e que, como consequência, 60 empresas foram fechadas e 87 estão em recuperação judicial, num universo de 380 usinas no país.
Além dos presentes, José Renan Calheiros Filho (PMDB), governador de Alagoas, participou da reunião – que também contou com representantes do setor sucroenergético – por telefone e deu total apoio às decisões que foram tomadas na ocasião.
Azambuja destacou que todos os estados devem se comprometer e apresentar uma pauta comum de reivindicações, apontando a importância da matriz energética, já que o etanol brasileiro é uma das principais fontes de energia limpa e renovável do mundo.
Já Pedro Taques realçou a importância de o governo federal fazer programas que não permitam que o setor sofra com a sazonalidade. Para o governador do Mato Grosso, a matriz energética deve ter mais segurança.
Esse é o mesmo pedido de Beto Richa, que defende uma política perene vinda da União, ao contrário de “anúncios improvisados”. Além disso, o chefe do executivo do Paraná cobra um conjunto de medidas tributárias, financeiras e de produção para que os investimentos federais possam retornar.

O governador de São Paulo apresentou a meta dos presentes na reunião: aumentar para 30% a quantidade de etanol na gasolina, já que assim o combustível será “mais limpo, renovável e mais empregos serão gerados”. Outro fator relevante para a meta é a possibilidade de produção de bioeletricidade em grandes centros.
Com essas medidas, “vamos salvar muitos empregos, garantir investimentos do governo no setor e produzir uma energia mais limpa”, explicou Alckmin.
A reunião terminou com a assinatura dos seis governadores (os cinco presentes e Renan Filho) de uma carta que será encaminhada à presidente Dilma Rousseff (PT). Na carta de Goiânia eles explicitam as metas que querem alcançar e pedem uma audiência formal com a presidente.
