Celg GT foi desmembrada da Celg Distribuição para compensar privatização da Usina de Cachoeira Dourada, em 1997

Fotos: Humberto Silva
Fotos: Humberto Silva/Governo de Goiás

Resultado da aposta do governo Marconi Perillo (PSDB) na expansão da Celg Geração e Transmissão (Celg GT), de capital 100% estadual, Goiás e Mato Grosso do Sul inauguraram na tarde desta quinta-feira (18/9), em Campo Grande (MS), a Subestação Campo Grande 2.

Integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN) e construída pela Celg GT e pela CEL Engenharia, a subestação vai gerar receita anual de R$ 7 milhões para a estatal goiana.

A Celg GT foi fundada pelo governo para compensar a privatização da Usina de Cachoeira Dourada, 1997. A inauguração teve a participação dos governadores anfitrião, Reinaldo Azambuja, e de Rondônia, Confúcio Moura. A Celg GT e a CEL Engenharia formaram o Consórcio Pantanal Transmissão, que disputou o leilão de concessão de energia que resultou na construção da Subestação Campo Grande 2.

A Celg GT tem participação de 49% das ações e a CEL Engenharia, de 51%. Os governadores estão e Mato Grosso do Sul para a Reunião do Consórcio Brasil Central, nesta sexta-feira, em Bonito.

Para viabilizar a construção da obra, onde foram investidos R$ 55 milhões, a Celg GT arrematou lotes de transmissão em leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A nova subestação marca a ampliação de parcerias entre os estados que integram o Consórcio do Brasil Central, presidido por Marconi.

Ao discursar na inauguração, Marconi disse que o momento é “extremante emblemático” para Goiás, porque o Estado separou a Celg Distribuição da Celg Geração e Transmissão. A primeira passou a ser controlada pela Eletrobrás. O governador destacou que a Celg GT é hoje uma empresa em franco crescimento, com a contratação de 200 megawatts de energia junto à Aneel. “Isso significa um terço de toda a geração da Usina de Cachoeira Dourada”, disse.

O governador se disse feliz e orgulhoso porque hoje a Celg GT é uma empresa superavitária, com R$ 80 milhões em caixa. Dirigindo-se ao governador Reinaldo Azambuja, Marconi disse que a inauguração da Subestação Campo Grande 2 representa o fortalecimento do Consórcio do Brasil Central. “O que está acontecendo no Brasil Central é que nós todos estamos tentando nos ajudar”, afirmou, ao acrescentar que o Fórum é formado de pessoas maduras, movidos pelo idealismo.

Subestação de fronteira

A Subestação Campo Grande 2 tem capacidade instalada de 300 mil kVAs, suficiente para atender toda a capital de Mato Grosso do Sul e sua Região Metropolitana. Trata-se de uma subestação de fronteira entre o Sistema Interligado Nacional e a distribuidora local, a Energisa.

Segundo com informações do Consórcio Pantanal, a subestação foi energizada em 7 de junho e, a partir daí, Campo Grande passou a contar com uma segunda fonte de energia conectada ao SIN, o que garante mais energia, melhor qualidade e mais segurança no suprimento das necessidades atuais e futuras da capital e Região Metropolitana.

A parceria entre Goiás e Mato Grosso do Sul se insere no contexto do planejamento do setor elétrico para garantir pelo menos duas fontes de suprimento às principais capitais brasileiras, objetivando aumentar a segurança no fornecimento de energia e eliminar apagões, mesmo com a perda de uma das duas fontes.