Convocado pela Frente Brasil Popular e Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO), protesto contra “tentativa de golpe” acontece na Praça Cívica

Manifestantes contrários à abertura do processo de impeachment no Congresso se reúnem na Praça Cívica | Foto: Alexandre Parrode
Manifestantes contrários à abertura do processo de impeachment no Congresso se reúnem na Praça Cívica | Foto: Alexandre Parrode

A Polícia Militar (PM-GO) ainda não divulgou números, mas centenas de pessoas estão na Praça Cívica e participam de manifestação pela segunda vez em Goiânia contra o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT). O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular e pela Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO) “em defesa da democracia”.

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De acordo com as entidades, esta quinta-feira (31/3) marca o Dia da Jornada Nacional Pela Democracia. A concentração foi iniciada às 17 horas na Praça Cívica. Os participantes seguirão até a Praça Universitária em caminhada. No local, carros de som, bandeiras e gritos de “não vai ter golpe” são constantes. Por volta das 18 horas, o trânsito nos anéis da Praça Cívica estava interditado.

Na programação do protesto contra o impeachment está previsto um show de encerramento que ganhou o nome de Show Pela Democracia. O ato acontece foi convocado para acontecer em mais capitais do País, a exemplo de São Paulo e Brasília no final da tarde de hoje. Era cerca de 18h30 quando os participantes da manifestação chegaram à Praça Universitária.

O prefeito Paulo Garcia (PT), que participa da manifestação contra o impeachment em Goiânia, disse que todos que querem um Brasil, igualitário e justo socialmente precisam se colocar à disposição de uma luta justa e correta.

“Todos nós defendemos as instituições brasileiras, defendemos a elucidação de qualquer fato. Mas acima de tudo lutamos pela democracia. Uma democracia conquistada a duras penas. Uma democracia que foi conquistada com a vida de homens e mulheres, que mostra o amadurecimento de uma nação”, declarou Paulo Garcia.

De acordo com a Frente Brasil Popular e a CUT-GO, “o que está em jogo no impeachment é muito mais que o mandato da presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita pelo povo brasileiro e sobre quem não pesa nenhum crime de responsabilidade: os políticos favoráveis ao golpe querem o fim dos direitos trabalhistas, o retrocesso das conquistas na área de direitos humanos, além do extermínio de programas sociais que ajudaram a mudar o Brasil”.

Segundo a organização do protesto, muitos ônibus saíram de Goiás em direção a Brasília para participar do ato na capital federal. Entre os participantes estão centrais sindicais, entidades representativas, movimentos sociais, famílias e outras pessoas “unidos em prol da causa maior, que é a democracia brasileira”.

Para o prefeito, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quinta-feira de manter as investigações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma demonstração de defesa da legalidade e da Constituição Federal.

“Não é porque eu gosto de A e você gosta de B que nós não podemos conviver com as nossas diferenças. A democracia é isso, a democracia é o diálogo, é a convivência entre os diferentes, buscando o bem comum, a construção de um País sólido, de um País justo, que só tende a crescer.”

Paulo Garcia disse que só interessa parar esse crescimento “a quem não quer que o Brasil continue o seu caminho de progresso”.

O prefeito Paulo Garcia (PT), o deputado federal Rubens Otoni, os deputados estaduais Luis Cesar Bueno e Adriana Accorsi (PT), o presidente da CUT-GO Mauro Rubem, o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide e o secretário municipal de Administração Valdi Camarcio estão na manifestação. (Com informações de Alexandre Parrode)