Manifestantes chegam à Avenida Paulista para ato pró-Bolsonaro

07 setembro 2025 às 13h03

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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram a se concentrar na Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã deste domingo, 7. O ato, marcado para às 15 horas, é o primeiro desde a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente e será a quarta manifestação do ano em um dos principais pontos de mobilização política do país.
Entre as principais bandeiras defendidas pelos participantes estão a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Muitos manifestantes vestem camisas verdes e amarelas e carregam bandeiras do Brasil, além de símbolos de países como Estados Unidos e Israel.
O carioca Gilson da Silva Souza, 51 anos, viajou do Rio para participar da manifestação. Ele afirma que a presença norte-americana na crise política brasileira não representaria “interferência nacional”, mas “uma forma de mostrar a sujeira que tem no Brasil”. Também disse que o ato defende liberdade “não só para Bolsonaro e os presos por um suposto golpe, mas para todos os brasileiros, para os meus filhos, meus netos”, afirmou ao Metrópoles.
O evento terá a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do pastor Silas Malafaia, um dos organizadores.
Também devem discursar o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-SP), e o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).
Os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, confirmaram presença. O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), não irá comparecer. Há expectativa quanto à participação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que ainda não confirmou presença.
O ato deve marcar o protagonismo político de Tarcísio de Freitas, que nesta semana esteve em Brasília articulando, no Congresso Nacional, apoio a um projeto de anistia aos investigados pelo 8 de janeiro. O governador também afirmou que, caso eleito presidente da República, concederá indulto a Bolsonaro.
Na última manifestação, em junho, Bolsonaro não pôde comparecer devido a restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Sua participação, por meio de ligação telefônica, resultou na decretação de sua prisão domiciliar. Tarcísio também não esteve presente na ocasião, pois passou por um procedimento médico no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o que gerou críticas do núcleo mais próximo do bolsonarismo.
A manifestação ocorre às vésperas da retomada do julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A análise será feita pela Primeira Turma do STF, com quatro sessões previstas entre os dias 9 e 12 de setembro.
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