Nova operação no Complexo Prisional de Aparecida apreende celulares, drogas e armas brancas

26 junho 2014 às 12h58

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Materiais estavam escondidos nas paredes, vasos sanitários, no teto e nas camas dos detentos. Aparelhos eletrônicos, entorpecentes e facas artesanais serão destruídos
Operação realizada pela Superintendência de Segurança Penitenciária, da Secretaria da Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus), na Penitenciária Odenir Guimarães (Pog), no Complexo Prisional de Aparecida, apreendeu na manhã desta quinta-feira (26/6), drogas, celulares e armas.
Os agentes encontraram 260 gramas de maconha, crack e cocaína, 51 celulares, vários carregadores, 41 facas artesanais e 121 chips de celulares dentro das celas da ala C, da penitenciária. Atualmente a Pog conta com três alas, A, B e C, duas celas amplas e um módulo de respeito, onde os presos disciplinados são levados.

As substâncias químicas apreendidas foram encaminhadas à Polícia Civil (PC) para serem catalogadas. Os aparelhos celulares, chips, carregadores e facas artesanais serão destruídos. Segundo a Sapejus, os materiais foram encontrados nas paredes, vasos, esgoto, teto e nas camas dos detentos.
A ação foi realizada pelo Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), e contou com a participação de equipes da Superintendência de Segurança, da 1ª Regional Metropolitana. A operação começou por volta das 6h.
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O superintendente interino da Sapejus, coronel Edson Costa Araújo, afirma que este tipo de fiscalização está sendo intensificada no Complexo de Aparecida de Goiânia e em todo o Estado.
Crise
As operações começaram depois que uma reportagem especial feito pelo Fantástico, da Rede Globo, mostrou supostas regalias concedidas aos detentos. No último dia 16, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), exonerou o então titular da Sapejus, Edemundo Dias. E assim determinou que o secretário de Segurança Pública Joaquim Mesquita assumisse a pasta.
Cinco dias depois que a matéria foi veiculada em todo país, houve a primeira operação para conter “as regalias”. Os agentes apreenderam na Pog 14 churrasqueiras e nove mesas de sinuca, sendo que na Casa de Prisão Provisória (CPP) encontraram 46 celulares e 2,4 kg de maconha.
“Estamos acelerando a aquisição de equipamentos, scanners e de raios-x, para conter a entrada de materiais ilícitos dentro do Complexo. Este tipo de ação, realizada hoje na POG, está sendo intensificada em todo o estado”, informou o superintendente coronel Edson Costa.