Em meio a debate sobre fiação subterrânea, mais de 3 toneladas de cabos antigos são retiradas de postes de Goiânia

O programa Cidade Segura retirou mais de três toneladas de cabeamento de postes de Goiânia em uma semana. A primeira etapa da força-tarefa iniciou-se pelos bairros Jardim Europa, Jardim Planalto e Vila União, na região Sudoeste; e Vila Mutirão I e II na região Noroeste. A coordenação do programa é da prefeitura em parceria com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), empresas de telecomunicações e a Equatorial.

O serviço começou na terça-feira, 15, e até está quinta-feira, 24, alcançou os três dígitos de emaranhados de cabos e fios inutilizados, que sobrecarregam a rede elétrica. Ao Jornal Opção, o titular da Secretário de Governo, Jovair Arantes, ressaltou que há fiação nos postes da Capital com mais de 40 anos. Por isso, as empresas foram chamadas para fazerem a identificação de todos antes da remoção.  

Recentemente, inúmeros fios caídos pelas ruas do município viraram caso de polícia e de saúde pública ao provocar acidentes em pedestres e, principalmente, em motociclistas.

Rede elétrica aérea  

Paralelo ao trabalho da Cidade Segura, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) foi aprovado em definitivo o projeto nº 3935/19, que obriga as empresas de telecomunicações e a concessionária de energia elétrica a remover cabos e fiação aérea excedentes e sem uso em todo o Estado. O texto é de autoria do presidente da Casa, deputado Bruno Peixoto (UB), e do ex-deputado Vinícius Cirqueira.

Peixoto também é autor da proposta que obriga a Equatorial a adotar o cabeamento subterrâneo em todos os municípios de Goiás. O texto foi aprovado pela Alego e aguarda sanção ou veto do governador Ronaldo Caiado (UB). Especialistas e a própria concessionária argumentam que nem o Estado e nem os municípios teriam competência para legislar sobre o tema. Isso porque o contrato de exploração de serviços energético da empresa é com a União.

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