Reunião mostrou dados da consulta pública sobre vacinação de crianças de 5 a 11 anos, encerrada no último domingo (2)

Reunião foi realizada nesta terça-feira (4). | Foto: Walterson Rosa/Ministério da Saúde

A maioria das entidades e especialistas, ouvidos na consulta pública sobre vacinação de crianças contra Covid-19, se posicionou se forma contrária à exigência de prescrição médica para vacinação de crianças. A pesquisa ficou aberta por 10 dias e se encerrou no último domingo (2). Ao todo, foram quase 100 mil contribuições.

A audiência pública para divulgação do resultado foi realizada, pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (4). Para os especialistas, a vacinação deve se dar independentemente de prescrição médica.

O encontro foi dividido em dois blocos. O primeiro contou com a presença de especialistas e representantes de entidades convidadas. As principais participantes foram a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Pfizer Brasil. O segundo foi destinado a responder perguntas de telespectadores.

A representante da OPAS, Socorro Gross, enfatizou a importância da vacinação para salvar vidas. A diretora médica da Pfizer, Marjori Dulcine, destacou os riscos da Covid-19 para crianças. Além disso, apresentou dados do Ministério da Saúde para justificar a vacinação nos grupos de 5 a 11 anos.

A vacinação para crianças foi aprovada pela Anvisa dia 16 de dezembro de 2021. Desde então, é rodeada de polêmica. Para o Ministério da Saúde, a vacinação não deve ser obrigatória nesta faixa etária. Ademais, deve ser realizada apenas quando houver prescrição médica e autorização dos pais ou responsáveis.

O Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid da Associação Médica Brasileira (O CEM COVID_AMB) criticou a “polemização” em trono do tema. Segundo o comitê, o Brasil perde tempo na luta contra Covid-19 mais uma vez e coloca as futuras gerações em risco.

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) também se posicionou a favor da imunização. “Vacinar crianças 5 a 11 anos de idade tem o potencial de reduzir a transmissão do vírus entre famílias, escolas e comunidades”, apontou a associação.