Mãe e padrasto são presos em Goiânia por espancar até a morte criança de 2 anos
20 novembro 2017 às 11h17
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Padrasto confessou que também estuprou o garoto. A mãe negou que sabia do crime, mas investigações apuraram que ela tentou acobertar o assassinato do filho
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) prendeu na última terça-feira (14/11), casal acusado de matar por espancamento o garoto Bruno Diogo Ferreira, de apenas dois anos, em Goiânia.
Os detalhes das investigações, divulgados nesta segunda-feira (20/11) pela Polícia Civil, dão conta de que o padrasto, Gedeon Santos Alves, de 24 anos, estuprava o menino, filho da companheira Bruna Lucinda Ferreira, de 28 anos, que sabia das agressões e tentou acobertar o namorado.
Laudo cadavérico do menino constatou que ele foi espancado com lesões em quase todas as partes do corpo, como crânio e dentes quebrados. O estupro também foi constatado e laudo aponta que o pâncreas do menino foi partido ao meio por causa da violência sofrida.
No último dia 3 de novembro, dia do homicídio, os dois chegaram a levar o garoto ao hospital, dizendo que ele tinha passado mal em casa, expelindo sangue pelo nariz e uma baba espessa pela boca. A criança já chegou morta à unidade de saúde, mas devido aos inúmero hematomas pelo corpo, os médicos suspeitaram que era vítima de espancamento e acionaram o Conselho Tutelar foi acionado e também a Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA).
Segundo a polícia, depois de constatada a morte do pequeno Bruno, a mãe e o padrasto mudaram a versão da história. Bruna foi até a Central de Flagrantes de Goiânia e procedeu e comunicou um acidente de moto que seu filho teria sofrido com uma sobrinha dela, dando a entender que a morte de Bruno teria ocorrido por complicações de uma cirurgia que o bebê tinha feito na boca uma semana antes de sua morte e por ter se machucado no acidente.
A equipe da Delegacia de Homicídios, comandada pelo delegado adjunto Dannilo Proto, constatou por meio de investigação, porém, que o relato da mãe foi falso. Foi apurado que na verdade, apenas Bruna sofreu o acidente mencionado e que ela não estava acompanhada do filho.
Depoimentos de testemunhas dão conta de que a criança era vítima frequente de maus tratos tanto pela mãe, quanto pelo padrasto.
Após a prisão o casal acabou confessando os crimes de forma fria, segundo a polícia. Aos agentes, Gedeon teria contado detalhes do espancamento e afirmou que aquela não tinha sido a primeira vez. Já Bruna, mãe da criança, alegou que não sabia que o companheiro havia matado o filho, mas para as equipes de investigação, ela sabia e ajudou a acobertar o crime.