Namorado diz que casal havia decidido por aborto e que mulher escondeu que não havia tido sucesso no procedimento

A jovem de 24 anos acusada de matar e atear fogo ao corpo do filho recém-nascido, em Anápolis, confessou o crime e foi indiciada na manhã desta segunda-feira, 24. Ela disse ter matado o bebê por sentir “vergonha que a mãe descobrisse da gravidez”. O crime foi descoberto após uma pessoa ver um cachorro arrastar o corpo carbonizado do bebê, que nasceu com 2,8 kg, pelas ruas do Bairro Cerejeiras, na cidade que fica a 55 km de Goiânia.

Um vídeo de circuito de segurança mostra o momento em que a mãe leva o corpo do bebê até um lote baldio, onde é carbonizado. A autópsia mostra que a criança foi morta por asfixia, provavelmente quando a mãe o enrolou em um cobertor para colocar na caixa de papelão. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Wlisses Valentim de Menezes, ela vai responder por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A jovem segue detida no presídio de Anápolis e o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário. O crime teria sido premeditado.

A identificação da mãe em questão se deu rapidamente após o crime, uma vez que o bebê ainda usava a pulseira de identificação da maternidade.

Tentativas de aborto

Durante a gravidez, a jovem tentou realizar dois abortos tomando remédios e após o bebê ele teria sido deixado em um depósito por dois dias, sem ser alimentado ou receber qualquer tipo de cuidado. Outra pista que ela deixou, foi ter abandonado o corpo em um terreno que pertence a uma pessoa da própria família. O namorado da jovem chegou a prestar depoimento e disse que ao descobrir a gravidez o casal havia optado por um aborto. E, segundo ele, ela não teria revelado que as tentativas de interromper a gestão haviam fracassado e passou a esconder a barriga com faixas apertadas.