Mabel fala em reduzir gastos da Comurg pela metade e priorizar IMAS e Saúde

29 outubro 2024 às 18h20

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O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), conduziu, na manhã desta terça-feira, 29, o primeiro encontro com o grupo de transição de governo e elencou os principais desafios da gestão. Mabel destacou a reestruturação da Comurg e o IMAS, além de preocupação com a saúde municipal, temas que considerou críticos para a cidade.
A transição envolve 14 profissionais escolhidos por Mabel, incluindo figuras experientes como Francisco Lacerda, ex-secretário de obras, e Valdivino, ex-secretário de Fazenda de Goiás e do DF.
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Para Mabel, o custo da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) é insustentável e é uma das principais preocupações para o início da gestão. “Hoje, ela custa R$ 50 milhões por mês, eu acredito que esse valor pode ser reduzido para algo em torno de R$ 25 milhões”, reiterou.
Ele disse ainda que deve avaliar o tamanho da estrutura de governo durante o período de transição e que a intenção é fazer um enxugamento da máquina pública. “Vai ter redução, mas eu preciso ter conhecimento do tamanho dessa máquina e definir o que eu quero. Vai ter algumas coisas que vão estar ligadas diretamente no gabinete do prefeito e vou participar de 5 ou 6 áreas. Comurg é uma, IMAS é outra e Saúde. Quero entender e colocas elas para funcionar no meu ritmo”, disse.
Orçamento e déficit
Além disso, o prefeito eleito também abordou a situação financeira de Goiânia, apontando para um déficit projetado de R$ 1,6 bilhão. “Eu vim para fazer investimento e não para pagar folha de pagamento. O primeiro ano vai ser difícil, mas no segundo ano o nosso objetivo é ter pelo menos R$ 1 bilhão para fazer investimentos”, garante.

O coordenador da equipe de transição Paulo Ortegal avalia que mudanças no Orçamento encaminhado à Câmara Municipal deve passar ajustes para atender as necessidades da nova gestão. “Pedimos ao atual secretário de finanças uma cópia do atual orçamento para que a comissão tome conhecimento e faça ajustes”. Ortegal pontuou ainda que a equipe deve elaborar questionamentos sobre algumas áreas e novos pedidos de informação para a atual gestão.
Início de medidas ainda este ano
O ex-vereador e membro da comissão de transição, Andrey Azeredo, aponta que os pedidos de informações levam em conta o orçamento, despesas, projetos futuros e projetos contratados ou em licitação. “Queremos ter um raio-X detalhado da situação e já tomar as medidas necessárias neste exercício de 2024 e deixar pronto o que for para começar em janeiro”, aponta.
Andrey também avalia que o Orçamento poderá ser modificado e que a participação do presidente da Câmara dos Vereadores será essencial para essa articulação. “Vamos precisar da aprovação de leis e projetos que serão encaminhados pela atual legislatura para que eles possam discutir e analisar”, disse.
O presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo (PRD) avalia que além do orçamento, as modificações podem incluir ainda o projeto Centraliza. “São projetos que temos que debater com a próxima gestão e algumas alterações podem ser incluídas em um novo formato que vai ser ativado a partir de 2025”, diz.
Para o secretário de governo Jovair Arantes, a transição será harmônica e responsável. “É uma equipe experiente e vamos buscar facilitar para toda equipe. A Prefeitura de Goiânia é uma prefeitura que tem saúde financeira e econômica, do ponto de vista de arrecadação. É uma prefeitura que não tem dívidas para serem quitadas”, comenta.
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