“É um desastre para o Estado. Podemos sofrer segregação do que é produzido em Goiás, afetando a exportação de industrializados e carne, por exemplo”, argumenta presidente da Fieg

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirmou em nota que entende que o governo estadual errou ao aceitar a instalação da base de quarentena do coronavírus em Anápolis. Segundo o titular da Fieg, a população goiana não suportaria outro trauma como ocorreu com o Césio 137, em 1987, em Goiânia.

“Não por acaso, moradores de Anápolis já manifestam apreensão com a iminência da chegada dos 34 brasileiros e estrangeiros a serem repatriados da China, epicentro mundial do surto”, afirma Mabel.

Ainda segundo Mabel, existem outras áreas no Brasil que poderiam receber a base para a quarentena. Para ele, a exemplo do que ocorreu em 1987, Goiás pode ser prejudicado com a discriminação, impactando no turismo, nos negócios, com queda na produção e comercialização de produtos. “É um desastre para o Estado. Podemos sofrer segregação do que é produzido em Goiás, afetando a exportação de industrializados e carne, por exemplo”, conclui.

O governador Ronaldo Caiado (DEM) reagiu à manifestação de Sandro Mabel, a quem chamou de mercenário, canalha e desumano. “Estou na Base Aérea de Anápolis onde vamos fazer vistoria ao lado dos ministros da Defesa e da Saúde antes da vinda dos brasileiros da China. Fui informado da nota monstruosa assinada por Sandro Mabel. Chocou nosso Estado de Goiás a posição desse mercenário, canalha e desumano!”, afirmou Caiado.