Lula quer negociar, Alcolumbre sobe o tom, e Gleisi entra para colocar “panos quentes” na crise
01 dezembro 2025 às 12h01

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a seus assessores que deseja negociar e espera um gesto de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), também queira. Alcolumbre tem subido o tom contra o governo e chegou a acusar “setores do Executivo” de tentar associar dificuldades de apoio no Congresso à negociação de cargos.
Em nota divulgada neste domingo, 30, o presidente do Senado apontou interferência indevida no processo envolvendo a análise da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, à vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou considerar as insinuações ofensivas “não apenas ao Presidente do Congresso Nacional, mas a todo o Poder Legislativo.” Ele se manifestou duramente após circular informações de que estaria negociando a presidência do Banco do Brasil em troca da aprovação de Messias.
A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, entrou no circuito para dizer que o governo tem pelo presidente do Senado “o mais alto respeito e reconhecimento”. A estratégia, segundo aliados, é fazer acenos à cúpula das casas legislativas para distensionar a relação.
Lula, enfrentando, afirmou que, se Alcolumbre derrotar o seu indicado, vai deixar muito claro de que será o fim dessa relação. O presidente do Senado tinha reclamado da demora no envio da mensagem com a indicação e afirmou que a Casa Legislativa iria tomar uma decisão dentro da sua independência. Vale lembrar que o senado tinha preferência pelo nome de Rodrigo Pacheco (PSD) para substituir Luís Alberto Barroso no STF.
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