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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou discurso nesta sexta-feira, 11, em Linhares, para satirizar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, enquanto o país enfrenta forte pressão tarifária norte-americana. Lula imitou o parlamentar, ironizando a ida do filho de Jair Bolsonaro aos EUA, onde supostamente pediu a Trump: “Ô Trump, pelo amor de Deus, Trump… solta o meu pai”.

Segundo Lula, a iniciativa teria sido motivada pela nova tarifa de 50% imposta pelo governo Trump sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto, e que atinge setores como o agronegócio, aço e alumínio. A fala causou repercussão contra as tarifas.

“Essa gente devia ter vergonha na cara”, afirmou Lula, ressaltando ainda que a atitude de Eduardo Bolsonaro reforça a perda de soberania do Brasil diante da interferência externa .

Tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 9, a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações do Brasil para os EUA, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. A medida, segundo Trump, tem motivações políticas e comerciais.

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump criticou duramente o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “líder respeitado internacionalmente”. Ele classificou os processos judiciais enfrentados por Bolsonaro como uma “vergonha internacional” e uma “caça às bruxas”.

Trump também atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que a Corte emitiu ordens de censura contra plataformas americanas de redes sociais, o que, segundo ele, viola a liberdade de expressão nos EUA.

“A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todos e quaisquer produtos enviados aos Estados Unidos”, afirmou Trump, acrescentando que haverá sanções contra tentativas de transbordo para burlar a medida.

Além do conteúdo político, Trump argumentou que a relação comercial entre os dois países tem sido “desequilibrada” e “injusta”, com tarifas e barreiras brasileiras desvantajosas para os Estados Unidos. Ele sugeriu que empresas brasileiras evitem as tarifas produzindo diretamente em solo americano.

“Essa tarifa está muito aquém do necessário para corrigir as graves injustiças do regime atual. Empresas brasileiras podem evitar a taxação se optarem por fabricar nos EUA”, escreveu.

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