Lula e Trump discutem tarifas, cooperação econômica e combate ao crime organizado em ligação de 40 minutos
02 dezembro 2025 às 16h24

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, na tarde desta terça-feira, 2, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ligação, que durou cerca de 40 minutos, tratou de temas da agenda bilateral, com destaque para comércio exterior e cooperação no enfrentamento ao crime organizado internacional.
Em publicação pelas redes sociais, Lula classificou como “muito produtiva” a conversa com o mandatário norte-americano. O chefe de Estado brasileiro ressaltou como “passo importante” a decisão recente dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional de 40% sobre itens exportados pelo Brasil, como carne, café e frutas — medida que vinha sendo motivo de tensão comercial entre os dois países.
Segundo o presidente, a reversão da sobretaxa representa “um movimento positivo para recompor a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano”. Lula afirmou, porém, que ainda há uma lista de itens sujeitos a tarifação adicional e que o governo brasileiro pretende acelerar as negociações para reduzir essas barreiras. “Há pendências que precisam ser tratadas com rapidez, e o Brasil está pronto para avançar”, afirmou.
Combate ao crime organizado
Outro ponto central da conversa foi o reforço da cooperação bilateral no combate ao crime organizado transnacional. Lula relatou a Trump as operações deflagradas recentemente por órgãos federais brasileiros, destinadas a desarticular a estrutura financeira de facções criminosas e a rastrear ramificações que operam fora do país. De acordo com o presidente, as investigações identificaram fluxos internacionais que exigem coordenação entre governos.
Trump teria manifestado “total disposição” para ampliar o intercâmbio de informações e apoiar iniciativas conjuntas voltadas ao enfrentamento dessas organizações. Lula avaliou o posicionamento como um sinal de fortalecimento da parceria estratégica entre os dois países em matéria de segurança.
O diálogo terminou com o compromisso de que ambos voltarão a conversar nas próximas semanas para acompanhar o andamento das medidas discutidas. O Palácio do Planalto considera que a interlocução direta poderá destravar agendas sensíveis e impulsionar acordos comerciais e de cooperação.
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