Presidente da entidade diz que flexibilizar voto de inadimplente seria pensar na próxima eleição e não na próxima geração

Presidente da Ordem em Goiás, Lúcio Flávio: “O exercício da Presidência da OAB-GO exige retidão de caráter e coragem para proteger a instituição”| Foto: Divulgação

Houve quem defendesse no grupo situacionista da seccional de Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) a flexibilização do voto do inadimplente. O argumento principal era eliminar a estratégia discursiva do candidato Pedro Paulo de Medeiros de que é o defensor dos fracos e oprimidos, quando na verdade é legítimo representante da elitista OAB Forte.

Para além, prejudicaria a tática de Pepê de manter sob judicialização um resultado desfavorável, o que é praticamente certo, como fez após ser derrotado nas eleições de 2015.

Sondagens de pelo menos duas campanhas a que o Jornal Opção teve acesso mostram que o contingente de inadimplentes não alteraria o cenário eleitoral a ponto de causar um reposicionamento dos candidatos.

A defesa interna do voto do inadimplente foi vencida pelo respeito às regras do jogo eleitoral. O próprio presidente Lúcio Flávio se recusou a colocar em risco a autonomia do sistema OAB em proveito eleitoral.  Lúcio chegou a declarar em nota que “o exercício da Presidência da OAB-GO exige retidão de caráter e coragem para proteger a instituição, ainda que haja custos políticos: é preciso pensar na próxima geração e não na próxima eleição”.