É possível fazer poesia depois de Auschwitz? Muito difícil, é claro. Mas sempre é possível, depois de uma grande tragédia, escrever poesia de alto nível. Veja-se o caso de Paul Celan, o grande bardo que teve os pais tragados pela ignomínia chamada nazismo. Morreram num campo de extermínio. Ah, dirão: “O grande Celan se suicidou”. É fato. Mas, antes disso, legou aos leitores uma poesia de alto nível. É estética refinada arrancada, a fórceps, da dor suprema de um indivíduo — que, a rigor, representa a dor do coletivo.

Luciano Duarte, por certo, acredita que é possível escrever poesia — de nível — pós-Auschwitz. Por isso vai lançar no sábado, 13, às 15 horas, o livro “Os Grilos Que do Oitão me Chamam” (por si só, um título criativo, ou seja, poético — e convocador).

O lançamento ocorrerá no Sesc da Rua 15, no Centro, em Goiânia.

Quem é o poeta Luciano Duarte

O site da Editora Penalux informa: “Alagoano longe de casa, Luciano Duarte tem 27 anos e atualmente reside em Goiânia (GO). É doutorando em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB). Possui textos publicados pelo site da revista ‘Ruído Manifesto’ e pelo portal do grupo editorial Aboio. Este é seu primeiro livro”. (E.F.B.)