Senadora assumiu a cadeira por votação simbólica depois que Romário (PSB-RJ) renunciou da vaga na comissão

Senadora Lúcia Vânia | Foto: George Gianni
Senadora Lúcia Vânia | Foto: George Gianni

A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) assumiu a vaga de titular na Comissão Especial do impeachment no Senado por votação simbólica. A goiana substitui o colega de partido, senador Romário (PSB-RJ), que apresentou pedido de renúncia do colegiado na noite da última quarta-feira (1º/6). Ao lado de Ronaldo Caiado (DEM), Lucia Vânia é a segunda goiana a integrar a comissão que avalia o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Em nota publicada em sua página no Facebook, Romário explicou que votou favorável a admissibilidade do impeachment, que levou ao afastamento da presidente, por acreditar que as investigações contra Dilma deveriam ser aprofundadas mas que seu voto no julgamento final ainda não está decidido.

“No primeiro, votei pela continuidade da investigação. O segundo e definitivo voto será para julgar o crime de responsabilidade, que eu farei, como sempre, guiado pela minha consciência e buscando o melhor para o Brasil”.

O senador ainda afirmou que vai continuar acompanhando os trabalhos da comissão especial. “De agora em diante vou acompanhar os trabalhos como não membro, já que isso é possível. Sou presidente da Comissão de Educação e da CPI do Futebol e atuo em importantes causas sociais que não posso deixar de lado”.

Romário completa o esclarecimento com críticas ao governo Temer, ao afirmar que “os primeiros dias do governo interino não foram como deveriam ser”. No lugar de ministros ‘notáveis’, conforme Temer prometeu, tivemos ministros investigados. Vimos ministérios estratégicos para o País serem fundidos e perderem relevância. Defendo o enxugamento da máquina pública e redução de custos do governo, mas não acreditam que essas tenham sido as melhores alternativas”, completou.

A comissão é formada por 21 membros titulares e 20 suplentes. Após a aprovação da admissibilidade do pedido de impeachment, no dia 12 de maio, a comissão passou a ter caráter processante. Nessa fase, a condução do processo de impeachment está a cargo do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Dessa forma, o presidente do STF passa a ser a última instância recursal para resolver dúvidas e questionamentos. Assim, em questões de ordem apresentadas pela base de apoio a Dilma, por exemplo, caso a resposta de Lira seja negativa, os senadores poderão recorrer a Lewandowski.