Lorena Vieira, esposa de Rennan da Penha, denuncia agência do Itaú por racismo
31 janeiro 2020 às 11h30
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Esteticista foi questionada sobre dinheiro em sua conta, em seguida encaminhada para delegacia, onde conta ter sido destratada
A esteticista Lorenna Vieira afirmou ter sido vítima racismo em uma agência do banco Itaú nesta quinta-feira, 30. Ela denunciou em sua conta do Twitter que funcionários foram preconceituosos ao averiguarem uma movimentação em sua conta e que a levaram para uma delegacia, onde foi tratada com deboche por ser mulher do DJ Rennan da Penha.
“Não é porque eu sou preta e humilde que eu sou criminosa!!!”, comentou na postagem.
Ela contou que ao ir ao banco retirar o valor de R$ 1.500 e desbloquear um cartão, as funcionárias da agência a interpelaram e contestaram de onde havia vindo o dinheiro em sua conta. Logo após pediram para que ela esperasse e voltaram com a Polícia Civil, que encaminhou Lorenna para a delegacia.
Em entrevista ao G1, a esteticista contou que rasgou a própria identidade depois que ele questionou a veracidade do documento. “O policial falou que era quase impossível saber se era eu, porque o meu cabelo estava liso, falou que era pra eu jogar minha identidade fora e fazer outra com o meu cabelo natural. Aí eu rasguei. Se é uma pessoa branca que tem o cabelo alisado e depois deixa encaracolar, ninguém faria isso”, declarou.
Os policiais civis também questionaram diversas vezes sobre a relação de Lorenna e Rennan.
Em nota, o banco Itaú se pronunciou:
“O Itaú Unibanco lamenta e se desculpa pelos transtornos causados a Lorenna Vieira nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e vem tentando contato com ela para resolver a situação. O Itaú Unibanco esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa. O Itaú Unibanco acredita que toda forma de discriminação racial deve ser combatida”.
Também defendeu na conta oficial do Twitter “O Itaú esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero. O Itaú acredita que toda forma de discriminação deve ser combatida”.
Lorenna rebateu. “Procedimento padrão? Dizer que está resolvendo meu problema, me fazer esperar até depois do horário de fechar o banco. Não me informar o que estava acontecendo, mentir para me prender lá, não deixar eu sair e chamar a POLÍCIA CIVIL??????? Isso é procedimento padrão? Não poderia ser de outro jeito?”