AMMA informou que fez vistoria na região e notificou a Saneago sobre situação 

Lançamentos de esgoto no córrego Água Branca podem ter causado erosões e, consequentemente, a queda de uma ponte na Avenida Acary Passos, no Residencial Vale do Araguaia, em Goiânia. Porém, os riscos não param por aí. A Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) informou, por meio de nota, que notificou a Saneago sobre a situação. 

“A agência realizou o parecer técnico, que por meio da vistoria, foi constatado o lançamento irregular de esgoto, o que vem causando erosões na região, que coloca em risco as torres de alta tensão”, constataram os técnicos. “Já a Saneago foi autuada, e notificada para cessar imediatamente o despejo irregular de esgoto”, reforçou. De acordo com o órgão, caso a empresa não cumpra a determinação receberá nova autuação. O comunicado acrescenta que também notificou a Enel acerca dos perigos de acidente com redes de energia elétrica. 

Em relação ao caso, a Saneago informou que está direcionando equipes ao local para avaliar o problema. Como argumento, salienta que a empresa consta no ranking da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), como uma das melhores companhias pelo empenho na universalização do esgoto. A nota traz os seguintes números do serviço prestado em Goiás: 97,5% de atendimento com água tratada e 66,1% com esgotamento sanitário, “índices acima da média nacional (83,6% e 53,2%, respectivamente)”. “Neste mesmo ranking, Goiânia conquistou a terceira melhor pontuação entre as capitais. Na Capital, mesmo com 94% da população já sendo atendida com os serviços de esgoto, a busca é pela universalização. Para isso, a Saneago investe fortemente na ampliação do sistema de esgotamento sanitário”, acrescenta.

Procurada, a Enel informou que as torres de alta tensão instaladas na região não pertencem à companhia e sim à EDP Goiás, que adquiriu a Celg Distribuição, que era a detentora da rede. Ao Jornal Opção, a EDP também informou ter enviado uma equipe ao local para vistoriar as fundações da referida torre. De acordo com a empresa, “não há risco iminente de queda da estrutura ou desabastecimento”. Além disso, a Companhia afirma que “faz a inspeção regular de seus ativos para garantir a segurança e a confiabilidade no fornecimento de energia”.