Lissauer defende que candidaturas múltiplas da base podem favorecer oposição na corrida ao Senado
15 junho 2022 às 09h28
COMPARTILHAR
Presidente da Alego é um dos pré-candidatos que articula para preencher vaga em chapa majoritária de Ronaldo Caiado
Após o ministro Ricardo Lewandowski dar voto favorável a decisão que permite múltiplas candidaturas ao Senado dentro de uma mesma coligação, o pré-candidato Lissauer Vieira (PSD) se declarou contra a estratégia para a base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na disputa eleitoral. Atualmente, ao menos cinco pré-candidatos aliados do governo discutem a possibilidade de lançar candidatura para a única cadeira disponível para Goiás no Senado.
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) não acredita que a estratégia de lançar mais de um candidato seja benéfica para a base, por espalhar os votos dos eleitores do governador entre vários nomes, o que não favorece a eleição para a casa. “Isso prejudica, gera disputa e não une, além de facilitar para candidatos de oposição, uma vez que os votos da base se dividem”, explica. “Senado não tem segundo turno. Então, se dividir demais, favorece a oposição.”
Nessa terça-feira, 14, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) colocou a discussão em pauta e o relator do questionamento na Corte, ministro Ricardo Lewandowski, votou pela liberação de mais de uma candidatura. O julgamento, entretanto, foi interrompido após pedido de vista do ministro Mauro Campbell Marques, que avaliou precisar de mais tento para analisar a questão. O TSE ainda não definiu prazo para a retomada de análise da pauta.
Em cenário de candidaturas isoladas barradas pelo TSE, corrida ao Senado perderá ao menos dois nomes em Goiás, por conta das alianças já firmadas.