Líder do PSL na Câmara diz que decisão de ministro do STF que pode soltar Lula é “insana”
19 dezembro 2018 às 16h31

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Deputado federal reeleito, Delegado Waldir, acredita que decisão foi “planejada” e que serve como “um presente de natal para a esquerda brasileira”

O deputado federal mais votado em Goiás nas eleições deste ano e líder do PSL na Câmara do Deputados, Delegado Waldir, não está nada contente com a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar nesta quarta-feira, 19, que suspende a prisão de condenados em segunda instância. Isso por que, concretizado o ato, o ex-presidente Lula será um dos beneficiados pela decisão, podendo ser libertado.
“Na verdade o Marco Aurélio mostra mais uma vez a insanidade de parte do STF, um poder insano e incontrolável. É uma insanidade o que faz o ministro. Eles querem dar um presente de natal para a esquerda brasileira depois da derrota na urnas, depois que o eleitor varreu do cenário nacional o PT e outros partidos envolvidos na lava jato, vem o ministro do STF e toma essa decisão contra toda a sociedade brasileira, às vésperas do natal, quando o pleno do STF não pode se reunir”, disparou o parlamentar.
Delegado Waldir acredita, ainda, que decisão foi algo planejado e articulado. “Marco Aurélio é ex-petista, então é uma armação, muito próximo de uma negociata”, disse, concluindo que essa decisão do ministro também vai libertar várias pessoas que deveriam permanecer presas.
O outro deputado federal eleito do PSL, Major Vitor Hugo, também demonstrou preocupação. “Não li toda a decisão toda ainda, mas me parece que o ministro tomou uma decisão que o colegiado do STF já havia decidido. Foi uma decisão monocrática que contraria o colegiado do qual ele faz parte e às vésperas do recesso do Judiciário. Imagina milhares de estupradores, criminosos, bandidos e corruptos que podem ser soltos. Seria um momento muito crítico porque a decisão tem um alcance muito grande. Fico preocupado com segurança pública, com o combate à corrupção e com a Lava Jato”, pontuou, completando que gostaria que a decisão fosse revista.
Ele também disse que a decisão, aliada com o possível fim do foro privilegiado que já foi aprovado em uma Comissão Especial da Câmara, pode deixar os políticos com mandato menos suscetíveis à prisão. “Corruptos que têm mandato vão demorar para serem julgados pelo STF porque vão cair na primeira instância. Isso pode aumentar o risco da prescrição e da sensação de impunidade”, concluiu o Major.