Líder do governo na Câmara revela encontro de Bolsonaro com base e oposição nesta semana
18 fevereiro 2019 às 17h16
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Em entrevista ao Jornal Opção, o novato Major Vitor Hugo também contou sobre como vê polêmicas envolvendo seu nome e como esta montando a base no Legislativo
O deputado federal goiano, major Vitor Hugo, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro como líder do governo na Câmara, em Brasília, e que completou um mês de trabalho e duas semanas oficiais como dirigente da missão falou com o Jornal Opção sobre suas articulação no Legislativo. O parlamentar, que vê seu nome repercutindo nacionalmente precisou agendar uma tarde específica para atender à imprensa goiana, segundo ele.
Na entrevista, Vitor Hugo conta um pouco, além dos planos de articulação, sobre o que tem combinado com o presidente, sobre críticas ao seu trabalho, já que foi considerado “novato” demais para ser líder e sobre as expectativas da gestão. Confira:
Como recebeu as críticas por ser considerado novo demais em Brasília e ser nomeado líder do governo na Câmara?
Foram duas semanas de trabalho oficial, eu fui indicado no dia 14 e nas duas primeiras semanas que antecederam a posse eu conversei pessoalmente com 20 ministros, conversei pessoalmente com um número semelhantes de líderes de partidos. Então houve interpretações diferentes.
A impressa focou no convite feito pelo Whatsapp que fiz, mas é claro que o convite não foi feito pelo Whatsapp. Nessas duas semanas que antecederam a posse eu conversei pessoalmente com todos os líderes e convidei para que ele estivessem comigo. Uma assessora teve a ideia de mandar o convite por um grupo de Whatsapp, o que foi mal interpretado e que aliado ao fato de que o rodrigo maia mudou o caráter de deliberativo para não deliberativo o que fez com que os deputados pudessem viajar então esvaziou um pouco, mas mesmo assim 10 lideres estiveram presentes.
Não tem parâmetros para avaliar [a reunião], e aliado a isso tem o fato de na época o presidente não se encontrava aqui [Brasília], então ele assinou a mensagem presidencial e informou minha indicação no leito do hospital.
Nessa semana houveram seções deliberativas, eu fiz o meu primeiro pronunciamento como líder do governo de deputado federal no plenário.
As atuais crises do governo afetam seu trabalho [crise com o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno]?
Eu estou tão focado na minha missão que é a construção da base que essas questões estão ao largo das minha preocupações.
Qual a perspectiva, em números, para a base de Bolsonaro?
Temos a perspectiva de chegar até 372 deputados, que são todos os deputados de partidos que não se declaram oposição. Isso não quer dizer que ela hoje tenha isso, mas hoje não há como qual é a base do governo.
Como vê dois líderes goianos entre os 56 deputados eleitos do PSL no Brasil?
Isso para Goiás é um prestígio muito grande. A liderança do governo tem vários trabalhos concomitantes, um deles é a construção da base, nesta semana eu conversei com todos eles, presencialmente ou por telefone, participei da reunião de colégio de líderes.
Ainda nesta semana estive com o presidente por duas vezes e sugeri que fossem feitos dois cafés da manhã no Palácio da Alvorada nesta semana: na quarta-feira, 20, às 8h30 com os deputados e senadores do PSL e na quinta-feira, 21, às 8h30 com os líderes e com os deputados da oposição cujo os quais o presidente quer manter relação.
Aproximar da oposição para a gente é lógico, mas a gente imagina que infelizmente vai ter uma ala que o governo vai ter uma relação mais difícil, não por parte das lideranças.
Então é válido para o governo ouvir os projetos da oposição que sejam relevantes?
Se a oposição apresentar projetos que sejam bons para o país, o meu assessoramento vai ser para que a gente apoie, somos situação, mas o nosso foco é que o maior beneficiário seja a população. Se forem projetos que vão de encontro ao que o governo avalia que é bom para a população, a gente apoiar, claro. Entretanto as visões de mundo do que é melhor ou pior para a população desses dois espectros coincidem em poucos pontos.
O projeto da Previdência é um dos mais polêmicos e repercutidos pela imprensa, principalmente agora, com Bolsonaro como presidente, como vai ser seu papel na Câmara em relação a esse projeto específico?
Eu estive na reunião em que o presidente “bateu o martelo” de como vai ser. Meu papel como líder do governo vai ser somar a esses atores de relevância para que a reforma seja aprovada.