Vereadora resolveu se posicionar logo após a colega de Parlamento, Gabriela Rodart, chamar atenção para o assunto na tribuna. “Pediram a cassação de uma vereadora eleita e caso ela perca o mandato quem assumirá provavelmente será um homem”, lamentou Rodart na tribuna

Vereadora Léia Klebia | Foto: Reprodução

A vereadora Leia Klebia (PSC) se manifestou, na manhã desta terça-feira, 27, sobre o que chamou de uma “perseguição” contra seu mandato e partido político. A vereadora disse ser fiel a seu partido cujo o representa não só como vereadora, mas também como presidente presidente municipal. E completou: “Construímos nossa chapa [para a disputa de 2020] com muito zelo. Tomamos todos os cuidados possíveis”, defendeu.

Em seguida, a vereadora mandou um recado para aqueles que estão por trás das ações que buscam o afastamento dela e dos vereadores eleitos por outros sete partidos. “Quem está por trás disso tudo, que vá para as urnas, vença as eleições e garanta uma cadeira nesta Casa. Infelizmente sei que no mundo político há muito isso, mas com a graça de Deus seremos justificados e sairemos vitoriosos”, pontuou.

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O posicionamento de Leia veio logo depois da vereadora Gabriela Rodart (DC) chamar atenção para o assunto na tribuna. “Todos acompanharam o caso da vereadora Leia Klébia na semana passada. Quero expor aqui a incoerência e a falta de bom senso de partidos da esquerda que dizem defender os direitos das mulheres mas são os primeiros a atacá-las diretamente. Pediram a cassação de uma vereadora eleita e caso ela perca o mandato quem assumirá provavelmente será um homem. Tudo isso com base em uma lei que supostamente deveria proteger e colocar mais mulheres na política”, disse.

Edgar Careca (PMB) também pediu a palavra para falar sobre o assunto. Ao discursar, disparou: “aproveito a oportunidade para repudiar as pessoas que não ganham as eleições nas urnas e usam desses meios fraudulentos para ganhar ‘no tapetão’. Estamos com oito partidos nessa situação. Nó ganhamos, fomos para as ruas, pedimos votos em pandemia, sofremos, agora o que vemos é os partidos entrando com ações como se isso fosse brincadeira, partidos aliciando mulheres para que produzam provas contrárias. Fica aqui meu repúdio a esses partidos que não consegue formar chapa para ganhar eleição”

Conforme mostrado pelo Jornal Opção no último final de semana, avançam na Justiça processos que miram cota feminina e podem cassar vereadores de Goiânia. Os partidos em questão são acusados de descumprirem, durante o pleito de 2020, a cota mínima de participação feminina – atualmente fixada em 30%. Também há ações referentes ao cometimento de possíveis fraudes durante o período eleitoral.

Ao todo, oito siglas são alvo de ação: PL, PMB, PRTB, Avante, PTC, Cidadania, PTB e PSC. Os autores das ações são: Podemos, que ingressou contra o PL; PSOL, em desfavor do PMB; PSL, contra PRTB; Pros, contra Avante; PSOL, contra PTC; Podemos, contra Cidadania; Podemos, contra PTB; e, por fim, PSOL, contra PSC.