Lêda Borges acredita que CPIs podem “frear” investidores
18 março 2019 às 08h19

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Deputada assegura legitimidade das Comissões, mas considera que poderão trazer “dificuldades” para instalação de novos empreendimentos

Na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a deputada estadual Lêda Borges (PSDB) tem combatido ferozmente a opinião daqueles que tentam pregar no Estado o selo de terra arrasada.
Questionada pela reportagem se a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Enel e dos Incentivos Fiscais poderia, de fato, afastar investidores, — conforme dito pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel — Lêda defendeu, primeiramente, a legitimidade das Comissões.
Em seguida, a parlamentar considerou que, apesar de legítimas, as CPIs poderão “trazer mais dificuldades para empreendimentos que, porventura, queiram vir para nosso Estado”.
Para ela, o andamento de uma CPI clareia qualquer obscuridade que tenha ocorrido, porém, “os investidores possuem a energia como um importante instrumento de expansão de seus negócios. Isso dá uma freada até a entrega do relatório final das CPIs”.
Em entrevista concedida ao Jornal Opção anteriormente, o empresário Sandro Mabel afirmou que duas empresas já desistiram de vir se instalar em Goiás em 2019 por sentirem insegurança jurídica no Estado.
De acordo com Mabel, os empresários questionam a redução de incentivos promovida por meio da relatoria da Lei de Convalidação de Incentivos Fiscais. Além disso, o setor estaria preocupado com a instalação das CPIs no Legislativo goiano. Na visão deles, essas investigações mostram que o ‘terreno’ é temeroso para se investir.