Representantes do agronegócio também expuseram preocupação com efeitos da fala no exterior. Mais uma vez, presidente minimizou gravidade dos incêndios no Pantanal e na Amazônia

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na 75a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) gerou repercussão no Senado nesta terça-feira, 22. Os senadores criticaram o pronunciamento do chefe do Executivo e cobraram medidas do governo direcionadas ao Pantanal e à Amazônia.

Em sua fala, Bolsonaro afirmou que os incêndios no Pantanal e na Amazônia são usados em uma “campanha de desinformação” com o objetivo de atacar o governo. O presidente também defendeu que o Brasil é um dos países que mais preservam suas florestas tropicais.

“Na reunião da ONU, perdeu-se uma grande oportunidade para que o presidente pudesse esclarecer as condições do Brasil”, disse a senadora Kátia Abreu (PP-TO). “Não nos atrapalhe, o senhor (Bolsonaro) não pode fazer isso. O senhor precisa levar a sério esse assunto pela gravidade que ele requer. Nós não podemos perder no pódio da agricultura mundial o primeiro lugar” acrescentou.

Representantes do agronegócio também expuseram a preocupação com os efeitos do discurso no exterior, pois a redução do desmatamento passou a ser alvo de pressão internacional sobre o Brasil. A pauta levou a uma união inédita entre ruralistas e ambientalistas em favor de medidas de preservação.

(Com informações do jornal Estadão)