Justiça prorrogra prisão de cunhada de Vaccari
21 abril 2015 às 15h55
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Novas provas indicam que Marice realizou depósitos não identificados na conta da irmã, esposa de Vaccari, Giselda Lima
A Justiça decidiu, nesta terça-feira (21/4), prorrogar a prisão de Marice Correia Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, por mais cinco dias. A reclusão temporária acabaria nesta terça-feira. O Ministério Público Federal (MPF) colheu mais provas que indicam que Marice realizou depósitos não identificados na conta da irmã, esposa de Vaccaci, Giselda Lima, sendo dois deles em março deste ano.
Segundo o MPF, existem indicações de que Giselda recebe um valor mensal, de fonte ilícita, pago por Marice até março deste ano. Existem ainda indícios de envolvimento dela em crimes desde 2009. O juiz Sérgio Moro determinou que a cunhada do ex-tesoureiro seja ouvida novamente, e que esclareça a origem do dinheiro pago a Giselda.
Procuradores afirmaram que ela mentiu em depoimento na última segunda-feira (20), quando negou que tivesse feito depósito para irmã em 2015. Por mais que os depósitos não tenham sido identificado, o MPF acionou o Banco Itaú e conseguiu imagens de suas câmeras internas. “Embora Marice não tenha sido identificada nominalmente, os vídeos não deixam dúvida de que a pessoa em questão é Marice Correa de Lima”, relatou o juiz Moro.
A cunhada de Vaccari é suspeita de ter participado dos desvios da Petrobras e de ser uma espécie de “auxiliar” do cunhado, para direcionar a propina ao PT. A prisão havia sido decretada na última quarta-feira (15/4), com o objetivo de evitar que fossem destruídas ou falsificadas provas. No mesmo dia também foi expedido o mandado de prisão de Vaccari, que foi preso ainda na quarta-feira (15/3), em São Paulo. (Com informações da Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo)