Justiça pode impedir Marçal de disputar a Presidência em 2026
Luan Monteiro
07 outubro 2024 às 14h54
COMPARTILHAR
Após ser derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) poderá ser impedido pela Justiça de concorrer às eleições de 2026. Marçal terá que lidar com obstáculos judiciais para conseguir oficializar uma candidatura no pleito daqui a dois anos.
Entre os motivos que dificultam a participação do ex-coach nas eleições está a divulgação de um laudo médico falso para tentar associar seu adversário, Guilherme Boulos (PSol) ao uso de cocaína. O perfil de Marçal foi derrubado pela Justiça Eleitoral no sábado, poucas horas após a publicação do laudo falso.
Marçal também pode se tornar inelegível por suposto pagamento em dinheiro a seguidores que compartilharam seus vídeos nas redes sociais. Uma outra ação também contesta a oficialização de sua candidatura a prefeito este ano, uma vez que o trâmite teria ignorado o estatuto do PRTB.
Por fim, o ex-coach também pode responder na esfera criminal por tentativa de homicídio e omissão de socorro após levar um grupo de alunos a um morro com condições climáticas adversas.
Após ser derrotado ainda no primeiro turno em São Paulo, Pablo Marçal declarou vontade de concorrer à Presidência em 2026.
Atrito com Malafaia
Durante o pleito, Marçal teve atritos com um líder político e religioso: Silas Malafaia. Malafaia tentou, quase que diariamente, frear o avanço de Marçal nas pesquisas. As rusgas, por exemplo, foram mais evidentes no ato de 7 de setembro, na Avenida Paulista. Na ocasião, Malafaia impediu Marçal de subir no trio elétrico montado por ele.
Após a eleição, Malafaia afirmou que deseja que Marçal “volte a ser cristão”. “Desejo que Pablo Marçal volte a ser um verdadeiro cristão, algo que ele abandonou. Desejo que ele volte para a igreja, pare de mentir e de querer manipular as pessoas. Ele aprendeu a verdade na igreja, mas abandonou. Desejo também que Marçal procure um psiquiatra com urgência”.
Oponentes de Marçal avaliam que entre os fatores determinantes para a derrota dele nas urnas está a participação de Malafaia e o falso laudo divulgado pelo ex-coach.
