Justiça indefere pedido de afastamento do prefeito de Itapaci
28 maio 2020 às 12h02

COMPARTILHAR
Juiz Eduardo de Agostinho entendeu que elementos utilizados para tentar provar acusações contra Mario Macaco foram insuficientes. Advogada acusou o prefeito de utilizar maquinário da prefeitura em benefício próprio

Na noite desta terça-feira, 26, o juiz Eduardo de Agostinho Ricco, da Vara das Fazendas Públicas de Itapaci, negou pedido feito por uma advogada para afastar o prefeito do município, Mario Macaco. A autora acusava o prefeito de utilizar maquinário da prefeitura em benefício próprio.
O magistrado classificou as provas citadas nos autos como “insuficientes”. “Os elementos de prova que instruem a (petição) inicial, em análise sumária, são insuficientes para demonstrar a existência de dano ao erário”, alegou. “Não há nos autos nenhum elemento que demonstre a necessidade de afastamento para instrução processual. Por esses motivos, indefiro os pedidos de afastamento dos requeridos. Não há elementos que justifiquem busca e apreensão”, justificou Eduardo de Agostinho.
À imprensa, Mario Macaco se defendeu, dizendo que as máquinas prestavam serviço de cascalhamento em uma estrada para facilitar a entrada de caminhões que transportavam leite. Segundo o prefeito, o serviço faz parte de uma lei de incentivo e assistência ao pequeno produtor e são obras rotineiras no município.
Relembre o caso
[relacionadas artigos=”256599, 255997″]
Na manhã de sábado, 23, os vereadores Anderson Martins e Carlos César procuraram a Polícia Militar (PM) para denunciar o uso de máquinas públicas em uso pessoal na fazenda do prefeito Mário Macaco.
Os vereadores relataram que teriam ido até a delegacia, mas sem encontrar ninguém, procuraram a PM. No local, foram avistados dois caminhões e uma pá carregadeira a 4 km de distância da fazenda do gestor municipal. Foi registrado boletim de ocorrência.
Ante o fato, a advogada Gisele Lisboa pediu o afastamento do prefeito Mário Macaco por 180 dias — tanto pela denúncia em si quanto pelo fato de que, se permanecer na prefeitura, poderá dificultar a investigação. Acredita-se que, com o prefeito afastado, outras denúncias poderão ser verificadas e denunciadas.