Justiça Eleitoral manda bloquear R$ 11,3 milhões em bens de Alckmin
05 agosto 2020 às 11h54

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O bloqueio de bens dos envolvidos tenta assegurar o ressarcimento aos cofres públicos da quantia em relação à qual há “fundados indícios de envolvimento na prática de crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa 2) e lavagem de dinheiro”, diz a PF

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 11,3 milhões nas contas do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). O pedido foi feito pela Polícia Federal em inquérito que pediu o indiciamento de Alckmin. Também tiveram as contas bloqueadas o ex-tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro, e o ex-assessor do governo Sebastião Alves de Castro.
O inquérito da PF foi concluído em julho e o pedido de indiciamento foi encaminhado ao Ministério Público, que decidiu por denunciar o ex-governador. No último dia 30, a Justiça aceitou a denúncia.
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O bloqueio de bens dos envolvidos tenta assegurar o ressarcimento aos cofres públicos da quantia em relação à qual há “fundados indícios de envolvimento na prática de crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa 2) e lavagem de dinheiro”, diz a PF.
Segundo a acusação, Alckmin recebeu R$ 2 milhões da Odebrecht durante a campanha ao governo de São Paulo em 2010 e outros R$ 9,3 milhões durante a campanha de reeleição, em 2014.
Os indícios vão de delações de ex-executivos da Odebrecht a provas obtidas em sistemas de informática e extratos telefônicos. Os crimes teriam sido cometidos como contrapartidas em relação às obras do Metrô e do Rodoanel, anel rodoviário que liga diversas estradas no estado.