Justiça do Rio anula decisão que dava prisão domiciliar a Cachoeira
06 julho 2016 às 17h31

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Revogação ocorre após desembargador se declarar “suspeito” para atuar no caso
O desembargador Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), anulou nesta quarta-feira (6/7) decisão do também desembargador Ivan Athié, que havia convertido a prisão preventiva do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em domiciliar.
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O ex-dono da Delta Construções Fernando Cavendish e os demais presos na Operação Saqueador, que também haviam sido beneficiados com a primeira decisão, também tiveram o pedido de prisão domiciliar revogado.
A anulação ocorre após o desembargador Ivan Athié se declarar suspeito para atuar nos casos que envolvem Cavendish. Isso porque o magistrado já foi defendido pelo mesmo escritório de advocacia que atua em favor do empresário.
Cachoeira foi preso na manhã da última quinta-feira (30), em Goiânia, por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, na Operação Saqueador.
Aação do Ministério Público Federal (MPF), em parceria com a Polícia Federal, investiga o uso de empresas de fachada para repasse de propina. No total, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.
As investigações, que duraram aproximadamente 3 anos, resultaram no indiciamento de 29 pessoas suspeitas de desvios de recursos federais destinados para diversas obras públicas. Com base no Inquérito Policial da PF, 23 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).