Decisão determina, ainda, afastamento de todos os PMs que participaram da ocorrência

A 2ª Vara da Comarca de Senador Canedo acatou pedido do Ministério Público de Goiás e decretou a prisão temporária, por 30 dias, de dois dos policiais militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) envolvidos na abordagem que resultou na morte do refém de um roubo de carro em Senador Canedo e também do suspeito desse crime. A decisão é para os policiais que teriam disparado os tiros que atingiram as vítimas.

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O juiz Thulio Marco Miranda também incluiu o afastamento de todas as funções dos demais PMs da equipe do GPT que participou da ocorrência no último sábado (25). Na abordagem, foi morto o auxiliar de produção Tiago Messias Ribeiro e o adolescente que teria roubado o seu veículo.

Na decisão, o magistrado pondera que a prisão temporária dos suspeitos se faz necessária “para a preservação da colheita serena das provas, já que, conforme apontado nas imagens, os investigados tentaram modificar a cena do fato, dispersando a todo o instante as testemunhas presentes naquele local”.

O caso

Tiago Messias Ribeiro, de 31 anos, foi morto na noite do último sábado, enquanto era feito refém. Ele foi abordado pelo suspeito na chácara onde mora com a família, em Senador Canedo, sendo obrigado a entrar no carro e dirigir para o assaltante. O tiroteio ocorreu próximo a um posto de gasolina.

Em um primeiro momento, a polícia informou que os agentes haviam sido recebidos a tiros e, por isso, revidaram. Nesta segunda-feira (29), entretanto, imagens mostraram o homem sendo socorrido após ser baleado.

No vídeo, a vítima é retirada do carro e colocada no porta-malas do veículo da PM. Neste meio tempo, um outro policial entra no VW Gol pela porta do passageiro, se abaixa e faz vários disparos no para-brisas do veículo.

A suspeita é de que a polícia manipulou a cena do crime para parecer que os tiros foram dados em legítima defesa.