Juiz da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro determinou que ela fosse detida por participação em esquema de corrupção capitaneado pelo seu marido

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Adriana já havia sido alvo de mandato de condução coercitiva, quando o marido foi preso | Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro determinou, na tarde desta terça-feira (6/12), a prisão da mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo. A decisão, do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, determinou que ela fosse detida por sua participação em uma “grande organização criminosa”, em referência a esquema de corrupção capitaneado pelo seu marido.

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Marcelo aceitou, também nesta terça-feira, a denúncia da Operação Calicute, do Ministério Público Federal (MPF), que acusa Cabral, Adriana e outras 14 pessoas de crimes que vão desde corrupção passiva até lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa. As investigações mostraram que ele cobrava propina de empresas que queriam celebrar contratos com a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Além da acusação de que Adriana fazia parte do esquema, o juiz também afirmou que ela pode estar ocultando joias usadas para lavagem de dinheiro, já que apenas 40 das 189 joias adquiridas pelos dois desde o ano 2000 foram apreendidas pela Polícia Federal. A mulher de Cabral foi indiciada por lavagem de dinheiro.

No último dia 17 de novembro, quando Cabral foi preso, Adriana foi conduzida coercitivamente e também foi alvo de pedido de prisão temporária pelo MPF. Na ocasião, Marcelo negou a solicitação por entender que a participação dela não era suficiente para justificar a medida.