Juíza alegou que denúncia contra ex-presidente levanta discussão desnecessária em âmbito estadual, visto que já é assunto de processo em Vara Federal

| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Juiz responsável pela Lava Jato é quem decidirá se acata ou não o pedido do Ministério Público de São Paulo | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Na última quarta-feira (9/3), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) protocolou um pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula (PT), que seria julgado pela juíza Maria Priscilla Veiga, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. Maria Priscilla decidiu, no entanto, enviar o documento para a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), para que a decisão seja tomada pelo responsável pela Operação Lava Jato, Sergio Moro.

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Para enviar o pedido à Moro, a juíza argumentou que não há sentido em colocar a discussão em âmbito estadual, visto que o tema já é analisado em uma Vara Federal e pelo Ministério Público Federal.

O pedido de prisão de Lula se baseia na suspeita de que o ex-presidente teria ocultado um tríplex em Guarujá (SP) entre os bens listados no seu patrimônio. O MPSP afirma haver provas de que o apartamento foi reformado para a família do petista e pede sua condenação por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Além do ex-presidente, sua mulher, Marisa Letícia, e um de seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva, também são acusados de lavagem de dinheiro. Lula pode pegar até 10 anos por ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro) e até 3 anos por falsidade ideológica.