Justiça bloqueia R$ 3 milhões de envolvidos em esquema de fraude na Comurg
07 fevereiro 2019 às 10h52
COMPARTILHAR
Ex-servidor da companhia dava “baixa” em boletos bancários sem que as empresas beneficiadas tivessem quitado o débito
A Justiça determinou o bloquei de R$ 728.299,34, por dano ao erário, mais R$ 2.184.898,02, por dano moral, dos bens de envolvidos em fraude no pagamento de taxas da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), ocorrida entre 2016 e 2018.
A decisão da juíza Nathália Arantes da Costa atinge o ex-assessor de Tecnologia e Gestão Integrada da Comurg, Ricardo Ribeiro Gonçalves, e seis empresas: América Cleaning e Ambiental; Brasloc; DM Conteineres; Strato Transportes; Suriel Ambiental e Tele-entulho.
A ação foi proposta pelo promotor de Justiça Fernando Krebs, no início do mês passado, acusando o ex-servidor de ter emitido guias falsas de recolhimento de taxas para descarte de resíduos sólidos no aterro sanitário de Goiânia.
De acordo com o Ministério Público, Ricardo Ribeiro era o responsável pelo gerenciamento do sistema Gestor Online, programa usado para dar “baixa” em boletos bancários de taxas de descarte.
Por meio do esquema fraudulento, o ex-funcionário cancelava as guias no sistema da Comurg, sem que as empresas beneficiárias tivessem quitado os valores, desviando os recursos públicos em proveito próprio. Segundo as apurações do MP, o dinheiro desviado dos cofres públicos, até meados de abril de 2017, é de cerca de R$ 728.299,34.
Ainda segundo o promotor, dentro da própria Comurg, no final de 2016, alguns servidores da área detectaram irregularidades ao constatarem a baixa de guias sem o devido pagamento. Devido às suspeitas, foi instaurado um processo de auditagem no âmbito da companhia para apurar as divergências e as possíveis ineficiências do sistema Gestor Online.
Em decorrência das investigações, em março de 2018, Ricardo Ribeiro foi exonerado por justa causa, em razão da prática de atos de improbidade administrativa.