“Fiz tudo que pude, mas esbarrei em óbices fora do meu alcance para que a sessão do júri fosse realizada a contento” declarou o magistrado Jesseir Coelho de Alcântara

Jornalista Valério Luiz | Foto: Reprodução

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara se declarou suspeito para presidir o julgamento dos envolvidos no homicídio do radialista Valério Luiz. Há alguns meses, o magistrado alegou que o Fórum Cível de Goiânia não propiciava as condições adequadas para realização de um ato de tamanha extensão, com cinco acusados, 52 testemunhas para serem ouvidas em plenário, além de defensores e promotores de justiça.

“Por motivo de foro íntimo, dou-me por suspeito de continuar atuando no feito nadando contra a maré para concretização do júri popular, batendo contra todo o sistema processual, ou seja, Diretoria do Foro, Ministério Público e Defesa. Fiz tudo que pude mas esbarrei em óbices fora do meu alcance para que a sessão do júri fosse realizada a contento”, declarou Jesseir Coelho nos autos.

Os obstáculos se estendem há muito tempo, até mesmo o desmembramento das sessões de julgamento teve resistência, levando o magistrado a concluir que o andamento do processo é inviável.

O radialista foi morto a tiros em 2012, logo após sair da rádio onde trabalhava. De acordo com a denúncia, o crime aconteceu por causa das críticas que Valério fazia à diretoria do Atlético- GO, da qual Maurício Sampaio era, na época, vice-diretor. Sampaio, Urbano de Carvalho Malta, Ademá Figueiredo, Marcus Vinícius Pereira Xavier e Djalma da Silva, respondem pelo crime