A Justiça do Estado de Goiás determinou que a Prefeitura de Goiânia comprove que disponibioliza tratamento domiciliar para Thais Medeiros de Oliveira. Em 2023, a jovem teve uma forte reação alérgica em Anápolis, após sentir o cheiro de um vidro de pimenta.

Jesus Crisóstomo de Almeida, o juiz federal que assinou a decisão, entende que Thais tem direito a receber Serviço de Atenção Domiciliar (AD2). Ou seja, atendimento com uma Emad (Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar) com atendimento nas áreas de Fisioterapia e Enfermagem; e Emap (Equipe Multiprofissional de Apoio) para as áreas de nutrição, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

Além disso, também devem fornecer: serviço de transporte para consultas ou tratamentos em unidades de saúde, insumos e equipamentos sempre que solicitados por um profissional das equipes.

Segundo o município, a família teria rejeitado o atendimento domiciliar porque já tinha o atendimento privado. Entretanto, a defesa de Thais nega.

Desde 2023 estava previsto que a prefeitura garantisse o tratamento de Thais. Agora, o prazo estipulado para garantir o atendimento comiciliar é de cinco dias. Caso contrário, havera multa diária no valor de R$5.000.

O juiz ainda orientou que caso a prefeitura não cumpra a decisão, a família busque uma instituição privada. E que, nesse caso, o município ressarceria a família.

Cidade, Estado e País

Além do município de Goiânia, o Governo de Goiás e a União também são réus na ação apresentada pela familia da jovem.

A Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGR-GO) afirmou ao UOL que “está ciente da demanda judicial e adotará as medidas legais cabíveis no âmbito do processo.

Enquanto isso, a União informou que é responsável apenas pelo repasse de verbas.

Relembre o caso

Mãe de duas meninas, Thais sentiu coceira na garganta e começou a ficar com o rosto avermelhado. Então, foi imediatamente para o Hospital Santa Casa, de onde a transferiram para Goiânia.

Depois disso, ela sofreu com complicações, infecções e até mesmo uma parada cardiorespiratória. O que, por sua vez, causou uma lesão no cérebro. Portanto, ela deixou de responder a estímulos.

Após o episódio, ela passou mais de cinco meses internada, perdeu a visão e passou a depender de cuidados diários para sobreviver.

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