José Nelto propõe criação de frente parlamentar contra encarecimento de alimentos no Brasil
Luiz Phillipe Araújo
10 setembro 2020 às 16h16
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Deputado defende que carestia acompanhada nas últimas semanas coloca famílias em risco e que por isso vê necessidade imediata de ação parlamentar
Para o deputado federal José Nelto (Podemos) o parlamento brasileiro precisa agir contra o encarecimento dos alimentos e produtos no país. O político goiano propõe a criação de frente parlamentar contra o processo de inflação.
Em nota, o deputado destaca que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço dos alimentos foi destaque para a alta de 0,24% na inflação oficial do país no mês passado. O destaque acompanhado nas últimas semanas é para o preço do arroz, que ultrapassa os R$ 30.
“O que as famílias brasileiras, que tem menos poder aquisitivo, vão fazer? Passar fome? Isso é impensável, inaceitável. Por isso precisamos dessa frente parlamentar, precisamos agir”, afirma o deputado federal.
“O difícil é que já estamos enfrentando uma pandemia, que acarretou em desemprego, no enfraquecimento econômico do país, mudou a vida dos brasileiros, infelizmente para pior. Lidar com essa alta dos preços, de forma tão abruta e elevada, é colocar milhares de famílias em vulnerabilidade”, explica.
Frente parlamentar
Nelto afirma que já está trabalhando junto a parlamentares para colher a quantidade de assinaturas necessárias afim de instaurar a frente parlamentar. “Precisamos debater esse assunto. A alta do dólar fez com que muitos produtores aumentassem as exportações, reduzindo, assim, a oferta de produtos no mercado interno. O Governo Federal precisa ter o controle da situação. Não se pode, sob hipótese alguma, vender antes de abastecer o mercado interno. Vamos trabalhar, o povo precisa de soluções”, destaca.
Segundo o Ministério da Agricultura, nos últimos 12 meses até julho, o agronegócio vendeu 3,8% mais, enquanto as demais exportações caíram em 6,8%. A expectativa é que o preço dos alimentos volte a ter padrões normais apenas em janeiro de 2021.
