José Nelto nega ter elogiado mudanças em hospital gerido por OS
26 julho 2015 às 17h58

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Informação do instituto gestor do HGG foi desmentida por deputado, que garante ter exaltado apenas a UTI e ter ido ao local para visitar uma paciente — não a unidade

O deputado estadual José Nelto (PMDB), crítico do sistema de gestão por Organizações Sociais (OSs), nega ao Jornal Opção Online que tenha visitado o Hospital Alberto Rassi (HGG) e elogiado a OS que gere a unidade. “Não disse nada disso. Disse apenas que a UTI [Unidade de Terapia Intensiva] é nova e está muito boa, bem preparada. Elogiei também os funcionários, mas não foi um elogio ao sistema de OS”, garantiu.
O suposto elogio ao HGG foi divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), OS responsável pelo hospital. “Deputado esteve na unidade para conhecer as mudanças ocorridas após a gestão da organização social Idtech e disse que a estrutura oferecida pelo HGG é melhor que a da rede particular”, publicou a organização goiana no Facebook.
Na nota divulgada pela assessoria do instituto, o deputado teria dito que “administração do Idtech é moderna, e segue um padrão de excelência”. “Eu posso afirmar como homem público e como pai de família o que vi aqui hoje. A rede particular de saúde, que eu conheço muito bem, não tem a estrutura que o HGG oferece hoje para a população”, teria afirmado o peemedebista, de acordo com o Idtech.
A visita, segundo o oposicionista ao governo estadual, ocorreu na última sexta-feira (24) — mas não foi ao hospital, e sim a uma paciente. Conforme o deputado estadual, quando a diretoria do hospital descobriu que estava no local, acompanhou-o durante sua visita a uma paciente, tirou fotos, mas sustenta que esta não foi uma visita política. “Eu sou deputado, então as pessoas me chamaram para reunião, andaram comigo no local. Mas a visita não foi política”, garantiu.
O parlamentar ainda garantiu que nunca questionou a qualidade do serviço desempenhado pelas OSs. “Vale frisar que eu nunca questionei a qualidade. O que eu questiono são os contratos, os aditivos e a diminuição do número de atendimentos.”