No poder desde 2013, o recém-reeleito presidente precisará adotar medidas econômicas concretas para não transformar seu país num Estado falido
No domingo, 20, Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Contudo, apesar dos esforços propagandistas do governo chavista, a quantidade de votantes não alcançou a maioria absoluta da população venezuelana. Contrariado e desacreditado, grande parte do povo não compareceu às urnas, visto que apenas 46% dos cidadãos investiu seu tempo indo a uma zona eleitoral. Muitos ainda duvidam do processo de eleição no país, denunciando a maneira como os trâmites se deram.
O chavismo, o populismo e a contramão da economia
O conceito bolivariano de gestão adotado por Nicolás Maduro deriva do sonho de Simón Bolívar, que inflamou a ideal político de integrar e consolidar a América Latina a partir da ótica revolucionária, autônoma e independente. Prática fortemente sustentada na Venezuela pelo ex-presidente Hugo Chávez, conhecido como “El Comandante”, e seu sucessor, Nicolás Maduro.
Ao adotar o que chama de “socialismo do Século XXI”, Maduro controla o manche do país com guinadas populistas, cuja democracia é questionada no cenário internacional e nos ambientes de integração regional, como o Mercosul. O presidente tenta justificar ações autoritárias, a exemplo da dissolução do Congresso Nacional e a antecipação das eleições, sob o argumento de zelar pela soberania venezuelana. Para tanto, cria inimigos como “os imperialistas”, em referência aos Estados Unidos.
Desta maneira, Maduro imputa os problemas que o país enfrenta à “intervenção das grandes potências tentando acabar com o sonho bolivariano”. Contudo, a Venezuela hoje sofre. A crise não é apenas econômica, mas social e também humanitária, visto que os cidadãos estão morrendo de fome e muitos, a fim de evitar este tipo de tragédia, fogem e se refugiam em países vizinhos, como o Brasil.
Apesar dos esforços do presidente reeleito em estreitar as relações já firmadas com mercados como Rússia, China, Cuba, Índia e Nicarágua, os efeitos destas relações não provocam mudanças vigorosas na economia local, posto que sofrem com hiperinflação desde 2013, com um índice atual de mais 14.000%, a Venezuela caminha para o agravamento de sua condição e, possivelmente, ao caos.
Realidade
Este cenário escancara a realidade que Maduro e o governo chavista procuram amenizar: a Venezuela, país antes próspero e promissor, se encontra perto da falência. Devido à condição econômica daquela nação, o salário mínimo na moeda local equivale a apenas US$ 3. O papel moeda está tão desvalorizado que tem sido usado como matéria-prima para artesanato, na criação de bolsas e outros artigos manufaturados.
Com a economia fundamentada crucialmente nas movimentações do petróleo, o país navega entre as incertezas provocadas pelas variações desta “commodity” no mercado financeiro internacional, o qual costuma ser ditado por forças contrárias ao sedutor discurso socialista dos regimes revolucionários. A Venezuela, portanto, pode ter um futuro mais amargo do que o presente.
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Excesso de “”” ISMO”” tem atrasado a humanidade desde tempos imemoriais e, pelo jeito, continuará enquanto a IGNORÂNCIA perdurá na população: ABSOLUTISMO, PROSELITISMO, FASCISMO, NAZISMO, COMUNISMO, SOCIALISMO, CHAVISMO, etc…