Jeovalter Correia descarta pagamento de data-base e reajuste de servidores do Paço Municipal
22 maio 2014 às 14h14
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Poucos vereadores direcionaram perguntas ao titular da pasta. Ele informou que conclusão de relatório da FGV não está sob responsabilidade da Sefin
Por quase 1h30min o secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Jeovalter Correia, respondeu a questionamentos de vereadores na sala da presidência da Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira (22/5). Poucos vereadores fizeram perguntas, como Djalma Araújo (SDD), Elias Vaz (PSB), Geovani Antônio (PSDB) e Fábio Caixeta (PMN), enquanto outros se dirigiam ao titular da pasta apenas com comentários e sugestões. Jeovalter aproveitou a situação para reafirmar o pedido de ajuda a todos os integrantes do Legislativo para tentar solucionar os problemas da capital e adiantou que o memento não é o de reajustar vencimentos.
As respostas não agradaram a todos. O vereador Pedro Azulinho (PSB) sugeriu que Jeovalter retornasse à Câmara em um mês para novas conversas. No entanto, em posse de dados oficiais e acompanhado de um técnico para que os próprios vereadores possam compreender mais facilmente como estão as cotas da prefeitura. Na opinião dele, questões políticas –– envolvendo PT e PMDB –– atrapalham o andamento e o aprofundamento da reforma administrativa.
Autor do requerimento que solicitou a visita do titular da pasta aos vereadores, Djalma Araújo fez 17 perguntas e questionou a existência 13 contratos e aditivos da prefeitura com fornecedores e empresas. Dentre esses itens, ele quis saber quais os motivos que levaram o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) a não pagar aos cofres municipais tributos como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), já que Jeovalter era presidente do instituto na época. O titular das Finanças falou que não sabia da dívida e insinuou que talvez o débito não exista.
Já o tucano Geovani Antônio demonstrou preocupação sobre a autonomia que o secretário teria para pôr a casa em ordem. O ex-secretário Cairo Peixoto foi citado por diversas vezes durante a reunião por ter sido demitido porque falava demais. Em contrapartida, Jeovalter descartou a possibilidade de que haja cerceamento de seu trabalho por parte do prefeito Paulo Garcia (PT). “É hoje uma determinação dele para que a gente equalize a situação financeira da prefeitura. Mais do que isso, vejo que isso é prioritário na agenda política do prefeito”, pontuou.
O pagamento da data-base, o fechamento do balanço de gastos com folha de pessoal no ano passado e o cumprimento da lei que estabelece o plano de cargos e salários dos agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) e da Guarda Civil foram alvos de perguntas do oposicionista. As duas categorias estão em greve. Nesta manhã, o professores da Rede de Ensino de Goiânia decidiram em assembleia que vão iniciar paralisação na próxima segunda-feira (26).
O secretário repetiu o discurso das suas últimas aparições públicas de que é impossível, no momento, pagar a data-base e reajustar salários. “Não está descartado o cumprimento da data-base, mas estamos impedidos por força da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, afirmou, argumentando que a situação atual é de contenção de gastos. Sindicatos e categorias que estão em indicativo ou em greve estão sendo comunicados, informou. No que se trata sobre os planos de cargos e salários a Secretaria de Governo está à frente das negociações.
Também da oposição, Elias Vaz contestou o dado divulgado na semana passada por Jeovalter, que disse em apresentação de balanço a jornalistas que desde quando Paulo Garcia assumiu a prefeitura, foram contratados apenas 100 servidores comissionados. O vereador listou que na administração do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) o Paço tinha 25 secretarias, número que passou para 37 com Paulo Garcia.
Vereadores da base do prefeito ladearam na maior parte do tempo o secretário, como presidente da Casa, Clécio Alves e Paulo Borges, ambos peemedebistas. Após mais da metade da reunião, a líder do prefeito, Célia Valadão (PMDB), sentou-se ao lado de Jeovalter e passou algumas orientações de acordo com os questionamentos, como ocorreu no momento em que Fábio Caixeta questionou sobre folha de pagamento desse mês. Ela passou orientações a ele em um papel. “Vamos fazer de tudo para que a folha seja paga [em dias]”, comentou.