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Advogada e uma das autoras do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), ela usa tempo de fala a senadores para defender processo apartidário

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Janaína Paschoal chorou, gritou, falou de “ditaduras obscuras”, de corrupção, mas não citou uma vez sequer crimes de responsabilidade, que são os fatos analisados no processo de impeachment |Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em discurso que teve choro, apelos aos “brasileirinhos”, falou sobre “dinheiro sigiloso a ditaduras obscuras” de Cuba, Venezuela e Angola, mas que pouco se tocou no assunto crimes de responsabilidade analisados no parecer aprovado pela Câmara para abertura do processo de impeachment no Congresso, a advogada e autora do pedido de impeachment Janaína Paschoal negou ser do PSDB.

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Ao afirmar que não é tucana na Comissão Especial do Impeachment do Senado nesta quinta-feira (28/4), Janaína se disse decepcionada com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que seu pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) é “apartidário” e a vontade do povo.

Ela foi convidada pela comissão para defender o pedido de impedimento da presidenta Dilma Rousseff, que apresentou junto com os advogados Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo.

“O processo não é partidário. Depois [de apresentado o pedido] os partidos de oposição abraçaram nosso pedido. Não quero mais ouvir que sou tucana. Nós apresentamos esse pedido porque eles [tucanos] são uma oposição fraca. Veja bem a minha personalidade e me diga se eu sou tucana.”

Em todo o seu tempo de fala, a advogada não citou uma vez sequer os dois crimes de responsabilidade que dão base à abertura ou não do processo de impeachment pelo Senado, que possivelmente deve ser votado no dia 11 ou 12 de maio em plenário. (Com Agência Brasil)