Israel volta a bombardear Gaza após acordo de cessar-fogo e causa 33 mortes

19 outubro 2025 às 18h56

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Mesmo com o cessar-fogo ainda em vigor na Faixa de Gaza, Israel retomou neste domingo, 19, os bombardeios contra o território palestino, acusando o Hamas de violar o acordo ao atacar tropas israelenses na região de Rafah, no sul de Gaza.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os ataques foram realizados após ordem direta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que determinou uma “forte retaliação”. Em resposta, o governo local, controlado pelo Hamas, afirmou que 33 pessoas morreram nos bombardeios realizado por Israel.
A nova ofensiva representa a primeira grande ruptura do cessar-fogo estabelecido há quase dez dias, fruto de um acordo intermediado pelos Estados Unidos para reduzir as tensões e permitir a devolução de reféns israelenses.
Em comunicado divulgado neste domingo, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que o Hamas “disparou um míssil antitanque contra tropas que operavam para desmantelar a infraestrutura terrorista na área de Rafah”. Diante do ataque, os militares israelenses reagiram imediatamente e “começaram a atacar a área para eliminar a ameaça e desmantelar túneis e estruturas militares usadas para atividades terroristas”.
Ainda segundo o exército, “essas ações terroristas constituem uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo”, e as tropas israelenses “responderão firmemente” a qualquer nova provocação.
O Hamas, por sua vez, negou a autoria do ataque. Além disso, fontes do governo israelense confirmaram às agências Reuters e Associated Press que a entrada de ajuda humanitária em Gaza foi suspensa “até segunda ordem”. A medida, que inclui o bloqueio da passagem de caminhões com alimentos, remédios e combustível, agrava a já crítica situação humanitária vivida pelos civis palestinos.
Em paralelo à ofensiva, o Hamas divulgou uma nova informação relacionada aos reféns israelenses ainda sob seu poder. O grupo afirmou ter encontrado o corpo de mais um refém morto em cativeiro, cuja devolução, segundo os próprios líderes do Hamas, “faz parte do acordo de cessar-fogo”. No entanto, o grupo alertou que poderá suspender as entregas dos corpos caso os bombardeios israelenses continuem.
Poucas horas após os ataques, as Forças de Defesa de Israel publicaram uma nota nas redes sociais confirmando que bombardearam “alvos terroristas”, incluindo “instalações de armazenamento de armas, postos de tiro, células terroristas e infraestrutura terrorista adicional do Hamas”. O comunicado também destacou que, após a resposta militar, o exército retomou o cumprimento do cessar-fogo.
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