As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram neste domingo, 29, a morte de Nabil Kaouk, um dos principais líderes do Hezbollah. A informação responde à recente confirmação da morte de Sayyed Hassan Nasrallah, que liderava o grupo extremista libanês desde 1992. De acordo com a IDF, o corpo de Nasrallah foi recuperado do local do ataque aéreo em Beirute, apresentando-se “intacto”. Fontes indicam que a causa da morte foi um traumatismo contundente, resultante da explosão.

Os ataques aéreos israelenses no Líbano intensificaram-se desde o dia 23 de setembro, culminando em uma ofensiva que, até o momento, resultou na morte de mais de 1.000 pessoas e deixou 6.000 feridas. No último fim de semana, ao menos 11 pessoas foram mortas durante a ofensiva que teve como alvo lançadores de foguetes, depósitos de armas e outras infraestruturas do Hezbollah.

A IDF afirma ter “eliminado” grande parte da cadeia de comando do Hezbollah, incluindo líderes como Ibrahim Muhammad Qahbisi e Fuad Shukr. Essa série de ataques marca uma escalada significativa no conflito, que já havia registrado o dia mais letal no Líbano desde a guerra de 2006, com 500 mortos em um único dia.

Em resposta, o Hezbollah tem se manifestado por meio de seus apoiadores, que publicam mensagens de luto e reafirmam seu compromisso de continuar a luta contra Israel. A organização armada também tem realizado disparos de foguetes, apesar de muitos serem interceptados pelas defesas israelenses.

A morte de Nasrallah, considerada uma figura central no Hezbollah e um dos líderes árabes mais influentes das últimas décadas, tem profundas implicações políticas. Analistas sugerem que sua perda pode afetar a posição do Irã na região, que historicamente tem apoiado o grupo. O primeiro-ministro libanês declarou três dias de luto e alertou sobre o momento crítico que o país enfrenta.

Historicamente, Nasrallah transformou o Hezbollah de um grupo obscuro em uma força militar respeitada, recebendo apoio significativo do Irã. Enquanto seus apoiadores o consideravam um defensor da resistência contra Israel, seus detratores o viam como um representante do extremismo e da teocracia iraniana.

À medida que a situação no Líbano e Israel continua a evoluir, o impacto dessas mortes e a escalada da violência permanecem uma preocupação central para a estabilidade da região.

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