“Disse que tenho capacidade técnica para garantir minha segurança, não posso dizer o mesmo da prefeitura, que não tem capacidade técnica nem para resolver os problemas da cidade”, diz presidente da Câmara

Iris vetou projeto da Mesa Diretora que regulamentava gabinete militar na Câmara de Goiânia. Medida desagradou presidente Romário Policarpo - Jornal Opção
Foto: Fernando Leite | Jornal Opção

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (PROS), comentou a decisão do prefeito Iris Rezende (MDB) de revogar a lei que estabelecia as atividades do gabinete militar na Casa. Policarpo esclarece que o gabinete militar já atua na Câmara, sendo que o projeto “apenas regulamentaria algo que já existe”.

Para Policarpo, o prefeito mais uma vez demonstrou a falta de trato com a Câmara e disse que, independente de sua profissão, merece respeito como presidente do poder legislativo municipal. “Ele vetou com a justificativa de que tenho capacidade técnica para garantir minha segurança, não posso dizer o mesmo da prefeitura, que não tem capacidade técnica para resolver os problemas da cidade”.

“Essa justificativa não é plausível, quer dizer então que o presidente da República, Jair Bolsonaro, também não necessitaria de segurança por ser um capitão do Exército?”, questiona o presidente da Câmara. Para Romário, a atitude do prefeito escancara o despreparo da prefeitura que não consegue lidar com os vários problemas da capital.

“Pode olhar várias áreas como educação, saúde, transporte, infraestrutura. São muitos problemas que a Prefeitura de Goiânia não consegue solucionar”, cita Policarpo que ainda não sabe como a Casa irá reagir à decisão arbitrária do prefeito. “Ainda não sei o que faremos, pois da forma que ele vetou teríamos que devolver os policiais que trabalham atualmente na Câmara. Quem sabe a casa possa até revogar a segurança dele também”, concluiu Policarpo.